Lula recebe alta hospitalar mas permanecerá em São Paulo para acompanhamento
Presidente passou por cirurgia para drenar hematoma na cabeça e seguirá em observação até novos exames no Hospital Sírio-Libanês
Por Plox
15/12/2024 12h40 - Atualizado há cerca de 5 horas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu alta hospitalar neste domingo (15) e deixou o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele permanecerá em sua residência na capital paulista pelo menos até quinta-feira (19), quando passará por novos exames, incluindo uma tomografia de controle.
A informação foi confirmada durante uma coletiva de imprensa realizada no auditório do hospital, com a participação da equipe médica que acompanhou o presidente. Segundo o cardiologista Roberto Kalil Filho, o neurologista Rogério Tuma, o neurocirurgião Marcos Stávale, a médica pessoal do presidente, Ana Helena Germoglio, e o médico José Guilherme Caldas, que realizou o procedimento de embolização, Lula apresentou uma recuperação acima das expectativas.
"A recuperação foi extremamente acima do esperado. Para minha felicidade e de toda a equipe, ele está de alta hospitalar", afirmou a médica Ana Helena Germoglio.
Kalil fez uma ressalva, destacando que a alta foi hospitalar, mas não médica. Por isso, Lula precisará permanecer em São Paulo para acompanhamento mais próximo. De acordo com o cardiologista, o presidente poderá retomar suas atividades rotineiras, mas precisará evitar a prática de exercícios físicos.
"Lula está estável, caminhando, se alimentando e falando normalmente. Ele teve um pós-operatório muito bom, dentro do que se esperava", declarou Kalil.
Cirurgia e procedimentos médicos
A internação do presidente ocorreu na última terça-feira (10), após ele relatar dores de cabeça persistentes. Os sintomas levaram a uma ressonância magnética, que apontou uma hemorragia intracraniana de cerca de três centímetros, decorrente de uma queda doméstica sofrida em outubro. Diante do diagnóstico, Lula foi transferido para o Hospital Sírio-Libanês, onde passou por uma cirurgia de emergência para drenar o hematoma localizado entre o osso do crânio e o cérebro.
Na quinta-feira (12), o presidente foi submetido a um segundo procedimento médico, desta vez preventivo. O objetivo foi bloquear o fluxo de sangue na região e reduzir o risco de formação de um novo hematoma. Já na sexta-feira (13), os médicos retiraram o dreno intracraniano que havia sido colocado durante a cirurgia inicial. No mesmo dia, Lula apareceu em um vídeo divulgado nas redes sociais, caminhando ao lado do neurocirurgião Marcos Stávale.
Na publicação, Lula escreveu: "Estou firme e forte! Andando pelos corredores, conversando bastante, me alimentando bem e, em breve, pronto para voltar para casa e seguir trabalhando e cuidando de cada família brasileira".
De acordo com o boletim médico divulgado no sábado (14), o presidente passou apenas por exames de sangue de rotina e não apresentou complicações.
Recuperação e agenda de Lula
Com a alta, Lula passará os próximos dias em sua residência em São Paulo, onde ficará sob observação médica. Segundo o cardiologista Roberto Kalil, o presidente poderá exercer suas funções normalmente, mas sem atividades físicas intensas. Na próxima quinta-feira (19), ele será submetido a uma nova tomografia para avaliação do quadro.
A queda que resultou na hemorragia ocorreu em outubro, enquanto o presidente estava em casa. Na ocasião, ele bateu a cabeça e chegou a apresentar uma cicatriz visível nas semanas seguintes. Inicialmente, ele acreditou estar recuperado e voltou à rotina de exercícios físicos, mas os médicos identificaram a necessidade de uma nova intervenção após os sintomas de dor de cabeça e cansaço persistirem.
Agora, após os procedimentos e a recuperação no hospital, Lula se mostra confiante para retomar suas atividades de trabalho. "Estou vivo, inteiro e com vontade de trabalhar. Tenho muito trabalho a fazer", disse o presidente ao anunciar que seguiria as recomendações médicas para garantir sua plena recuperação.