Uma declaração de um advogado nas redes sociais provocou forte reação e mobilizou entidades de defesa dos direitos das mulheres, além de motivar um posicionamento oficial da OAB Barueri, na Grande São Paulo. Ao comentar uma publicação que condenava agressões contra mulheres, ele atribuiu ao feminismo a responsabilidade pela violência doméstica, o que gerou ampla repercussão negativa.
Comentário de advogado em rede social gerou críticas e levou a um posicionamento oficial da OAB Barueri.
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A manifestação foi feita por Marcos Brito Nascimento, ex-presidente da Comissão de Combate à Violência Contra a Mulher da OAB Barueri. Ao reagir à frase “Maldito é o homem que sai da barriga de uma mulher para machucar outra mulher”, publicada em uma rede social, o advogado escreveu que a culpa da violência seria das feministas, acusando o movimento de criminalizar os homens.
A resposta de Marcos Brito Nascimento gerou indignação entre usuários da plataforma e foi amplamente compartilhada. A autora da postagem original criticou o comentário, avaliando que ele desvia o foco do problema, ignora dados sobre violência de gênero e ataca quem denuncia, em vez de discutir o comportamento dos agressores e o contexto estrutural da violência contra as mulheres.
Diante da repercussão, a OAB Barueri divulgou uma nota oficial em que repudia a fala do advogado. A entidade afirmou que a declaração contraria princípios fundamentais da Ordem, como a defesa dos direitos humanos e o enfrentamento à violência de gênero, e ressaltou que Marcos Brito Nascimento não ocupa mais a presidência da Comissão de Combate à Violência Contra a Mulher.
Após as críticas públicas, o advogado classificou o próprio comentário como “infeliz” e “inadequado”. Em nota, ele pediu desculpas, reconheceu que errou na escolha das palavras e declarou que sua intenção não era minimizar a gravidade da violência doméstica.
Marcos também destacou seu histórico de atuação em defesa das mulheres e afirmou estar disposto a dialogar de forma construtiva sobre o tema, em busca de alternativas para o enfrentamento à violência de gênero.
