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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (15), uma nova indicação para a semaglutida 2,4 mg, princípio ativo do medicamento Wegovy. A partir de agora, o remédio também poderá ser usado no tratamento da gordura no fígado com inflamação, condição conhecida como esteatohepatite associada à disfunção metabólica (MASH).
A semaglutida, já usada no controle do peso, passa a ser indicada para tratar gordura no fígado com inflamação após aprovação da Anvisa.
Foto: Reprodução.
A autorização vale para adultos com fibrose hepática em estágios moderados a avançados, desde que não haja cirrose. Até então, a semaglutida tinha uso aprovado no Brasil apenas para o tratamento da obesidade.
A MASH é uma doença metabólica progressiva, relacionada principalmente ao excesso de peso, resistência à insulina, diabetes e alterações cardiovasculares. Estima-se que a gordura no fígado atinja cerca de 30% da população mundial, muitas vezes de forma silenciosa, podendo evoluir para cirrose, câncer de fígado e necessidade de transplante.
Nesse contexto, a nova indicação da semaglutida é vista como um reforço importante ao cuidado com pacientes que apresentam risco elevado de complicações hepáticas, especialmente em um cenário de aumento global da obesidade e das doenças metabólicas.
A aprovação da Anvisa se baseou nos resultados do estudo clínico de fase 3 ESSENCE, que acompanhou cerca de 1.200 pacientes. Os dados mostraram que a semaglutida foi mais eficaz do que o placebo tanto na redução da inflamação quanto na melhora da fibrose hepática.
Após 72 semanas de tratamento, mais de 60% dos participantes apresentaram resolução do quadro inflamatório, além de melhora significativa da fibrose em parte dos casos. Os resultados reforçam o potencial do medicamento como opção terapêutica para uma condição que até agora contava com poucas alternativas eficazes.
Especialistas apontam que a decisão amplia o papel da semaglutida no manejo de doenças metabólicas, indo além do controle de peso. Além dos benefícios ao fígado, o medicamento também pode contribuir para melhorar o metabolismo e reduzir o risco cardiovascular em pacientes com MASH, que costumam ter outros fatores de risco associados, como diabetes e hipertensão.
Com a nova indicação aprovada, a expectativa é de que mais pacientes com gordura no fígado e inflamação tenham acesso a um tratamento capaz de atuar de forma conjunta sobre o fígado, o peso e o metabolismo, ajudando a frear a progressão da doença e a diminuir a probabilidade de complicações graves no futuro.