Saúde

Ministério da Saúde libera mosquitos Aedes estéreis em aldeia indígena de PE para combater arboviroses

Aplicação da Técnica do Inseto Estéril por Irradiação começa na aldeia Cimbres, em Pesqueira (PE), e será expandida para territórios indígenas no RS e na BA, com investimento inicial de R$ 1,5 milhão

15/12/2025 às 08:29 por Redação Plox

O Ministério da Saúde iniciou a liberação de mosquitos Aedes aegypti machos estéreis na aldeia Cimbres, no município de Pesqueira (PE). A ação, que já soltou 50 mil insetos, tem como objetivo reforçar o combate às arboviroses na região, como dengue, Zika e chikungunya.

Ministério da Saúde libera mosquitos estéreis para frear reprodução do Aedes

Ministério da Saúde libera mosquitos estéreis para frear reprodução do Aedes

Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL


Estratégia para reduzir a população do mosquito

Segundo o ministério, a iniciativa marca o começo da aplicação da Técnica do Inseto Estéril por Irradiação (TIE) em territórios indígenas. Nas próximas etapas, está prevista a liberação semanal de mais de 200 mil mosquitos estéreis, ampliando o alcance da estratégia.

Além da aldeia Cimbres, a tecnologia será adotada no território Guarita, em Tenente Portela (RS), e em áreas indígenas de Porto Seguro (BA) e Itamaraju (BA). O investimento inicial é de R$ 1,5 milhão, valor que contempla produção, logística e monitoramento das ações.

A pasta informou que a continuidade e a expansão do projeto dependerão dos resultados obtidos em campo e da avaliação técnica das equipes envolvidas. Os dados coletados servirão para medir o impacto da técnica na redução dos casos de dengue, Zika e chikungunya.

Como funciona a Técnica do Inseto Estéril

A Técnica do Inseto Estéril utiliza a própria espécie para controlar a população do Aedes aegypti. Em laboratório, mosquitos machos são submetidos a radiação ionizante, o que os torna incapazes de gerar descendentes. Em seguida, eles são liberados em grande quantidade nas chamadas áreas-alvo.

Quando esses machos estéreis acasalam com as fêmeas, não há produção de filhotes, o que leva à redução gradual da população do vetor responsável pela transmissão de arboviroses.

De acordo com o Ministério da Saúde, a técnica não utiliza inseticidas e não oferece risco à saúde humana nem ao meio ambiente. Por isso, é considerada adequada para territórios indígenas localizados em áreas de preservação e florestas, onde o uso de produtos químicos é limitado ou proibido.

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