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Em julho de 2025, foi sancionada a Lei 15.183, que proíbe a realização de testes de cosméticos, perfumes e produtos de higiene pessoal em animais. A nova regulamentação reflete uma mudança de consciência na sociedade, cada vez mais atenta à necessidade de eliminar práticas consideradas cruéis.

Foto: Divulgação
Impulsionadas por esse cenário e pelo avanço tecnológico e científico, empresas de cosméticos passaram a desenvolver ou financiar a criação da chamada pele humana equivalente, um modelo de pele artificial produzido em laboratório que reproduz características da pele real. Esse tipo de tecido pode ter papel central em testes de segurança e eficácia de cosméticos, ampliando as alternativas ao uso de animais.
Para atender a essa demanda, uma parceria entre a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) e a empresa brasileira de dermocosméticos Creamy Skincare está desenvolvendo seu próprio modelo de pele humana equivalente. O objetivo é criar um método alternativo ao ensaio de permeação cutânea tradicionalmente usado na avaliação de produtos cosméticos.
O projeto é conduzido em Curitiba, no Laboratório de Bioensaios de Segurança e Eficácia de Produtos Cosméticos (Labsec), do Departamento de Farmácia da UFPR, sob coordenação da professora Daniela Maluf. A iniciativa conta também com o apoio do Hospital Nossa Senhora das Graças, responsável pelo fornecimento de pele humana descartada em procedimentos cirúrgicos.
O material proveniente de cirurgias possibilita o cultivo e a multiplicação de células que, depois, são incorporadas a uma matriz em forma de gel com auxílio de uma bioimpressora 3D, equipamento capaz de construir estruturas biológicas tridimensionais.
Maluf explica que a impressão tridimensional depende do desenvolvimento de uma biotinta, mistura de células vivas e biomateriais compatíveis, como hidrogéis, que dão suporte à sobrevivência e ao crescimento celular.
“Cultivamos as células obtidas da pele descartada em cirurgias plásticas para que se multipliquem ao ponto de podermos congelá-las. Quando necessário, descongelamos essas células e utilizamos a bioimpressora 3D para reconstruí-las em camadas tal como as da pele humana”. Daniela Maluf
A pesquisadora ressalta que essa biotinta possui composição própria, formulada por cada grupo de pesquisa que atua na área. Segundo ela, a mistura reúne componentes como colágeno, ácido hialurônico, fatores de crescimento e outros elementos que permitem a proliferação das células na matriz em gel, formando um modelo de tecido cutâneo mais próximo da pele humana real e adequado para testes em cosméticos.