Velório de homem morto a tiros em Fabriciano termina em confusão e briga

Segundo informações da Polícia Militar, a discussão, que virou agressão, seria por conta de pertences da vítima

Por Plox

16/01/2022 09h14 - Atualizado há mais de 2 anos

Uma confusão no Cemitério Municipal Senhor do Bonfim, em Coronel Fabriciano, Minas Gerais, terminou com sete mulheres encaminhadas à delegacia. A confusão ocorreu enquanto era velado o corpo de Wanderson Gomes Martins, de 43 anos, morto a tiros em um bar na cidade. A discussão, que virou agressão, seria por conta de pertences dele.

Segundo a Polícia Militar, a Sala de Operações da PM recebeu diversas ligações relatando uma briga generalizada na porta do Cemitério Municipal, envolvendo pessoas que estariam presentes em um velório.

Ao chegarem no local, os militares se depararam com as mulheres envolvidas. Elas relataram que iniciaram uma discussão, que evoluiu para atrito verbal, ameaças, agressões, rixa e lesões, por discordância de quem ficaria com alguns pertences de Wanderson.

Conforme relatado pelos policiais, as agressões mútuas resultaram em pequenas lesões em algumas das envolvidas, porém, todas recusaram atendimento. Mesmo durante a confecção do boletim de ocorrência, os  ânimos das envolvidas permaneceram exaltados.

Diante da situação, todas foram conduzidas para a Delegacia de Polícia Civil, para demais providências. Um aparelho celular da marca Samsung, que teria sido o principal motivo de atrito entre as partes, também foi entregue na Delegacia, pois as envolvidas apresentaram versões diferentes.

 

O crime
Na noite dessa sexta-feira (14), Wanderson Gomes Martins, de 43 anos, foi morto a tiros em um bar, em Coronel Fabriciano, Minas Gerais. Um indivíduo encapuzado entrou no local e efetuou os disparos contra Wanderson, que não resistiu. Após o crime, o autor fugiu.

A Polícia Militar foi acionada por meio de ligações telefônicas, recebendo informações de que teriam ocorrido disparos de arma de fogo em um bar, na rua Geraldo Rodrigues Soares, no bairro JK, e que um homem teria sido morto. Diante da informação, equipes foram deslocadas para o endereço informado.

Wanderson foi morto em bar. Foto: reprodução/ WhatsApp

 

Ao chegarem no local, os militares conversaram com a irmã de Wanderson. Ela relatou que estava no local, um homem encapuzado chegou e começou a atirar em seu irmão. Nesse momento, ela saiu correndo. Outras testemunhas, que estavam no local, confirmaram a versão da irmã da vítima e informaram que não é possível visualizar as características do autor.

De acordo com os policiais, em contato com o dono do bar, ele disse que no estabelecimento havia vários clientes e só ouviu barulho de disparos e ao olhar o que se tratava, viu Wanderson caído no chão, sangrando bastante.

Uma testemunha disse aos militares que um indivíduo teria chegado ao bar, conversando com uma mulher, saído e depois voltado. Os policiais fizeram contato com o indivíduo, que confirmou as informações, porém, disse não ter envolvimento com o crime.

Durante as diligências, os militares receberam a informação de que um outro indivíduo teria jurado Wanderson de morte, em data pretérita. Após verificação, foi confirmado que esse indivíduo saiu da cadeia de Coronel Fabriciano no dia do crime, por volta das 13h. Os policiais então foram atrás do suspeito, que foi localizado em sua residência. Ele negou qualquer participação no crime.

A perícia da polícia civil foi acionada e compareceu ao local. Após os trabalhos de praxe, o corpo de Wanderson foi removido e liberado para a funerária de plantão, que transportou o corpo para o Instituto Médico Legal (IML) em Ipatinga.

Conforme consta do boletim de ocorrência, a perícia constatou que, a princípio, cinco perfurações, no rosto, uma das axilas e em um dos braços. Não foi possível precisar o calibre utilizado no crime.

Ainda segundo a Polícia Militar, seguem as diligências para levantar mais informações. Endereços próximos ao local do crime possuem câmeras de segurança, que podem ajudar no esclarecimento dos fatos. As mesmas serão solicitadas aos seus responsáveis. Os policiais ainda informaram que Wanderson cumpriu pena de quatro anos, acusado de homicídio.
 

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