Após pedido do MPMG, Justiça decreta prisão preventiva de policial aposentado que matou advogado em Ipatinga

A vítima era ex-genro do militar e, segundo as informações, a motivação do crime envolvia a guarda do filho da vítima

Por Plox

16/02/2023 19h01 - Atualizado há quase 2 anos

A Justiça decretou a prisão preventiva do policial aposentado de 65 anos, que matou o advogado e ex-genro, Anderson Clayton Nunes Ferreira, em Ipatinga, Minas Gerais. A prisão foi um pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por intermédio da 11ª Promotoria de Justiça de Ipatinga. 

“O Ministério Público de Minas Gerais, por intermédio da 11ª Promotoria de Justiça de Ipatinga, requereu, durante audiência de custódia na Vara de Execuções Penais, Precatórias Criminais e Tribunal do Júri, a homologação da prisão em flagrante e a decretação da prisão preventiva do autor pelo assassinato em via pública e à luz do dia”, disse o órgão.  

 

Foto: reprodução

 

O Ministério Público ainda solicitou que seja instaurado um Processo Administrativo Disciplinar para apurar a conduta do policial militar aposentado, que realizou os disparos contra o advogado. 

“Foi requerida, ainda, a instauração de Processo Administrativo Disciplinar ao Chefe de Estado-Maior da Polícia Militar, aos Comandantes da 12ª Região de Polícia Militar e do 14º Batalhão de Polícia Militar, diante dos fatos ocorridos, tendo em conta a repercussão social do fato e diante de possível desprestígio à imagem da Polícia Militar de Minas Gerais decorrente da conduta do militar da reserva”, solicitou.

 

Sobre o crime
O advogado foi baleado nessa quarta-feira (15), próximo à Estação Memória, no Centro de Ipatinga e ficou caído na calçada. Segundo a Polícia Militar (PM), durante patrulhamento na região central, os policiais receberam informações sobre um homicídio na Rua Belo Horizonte e foram até o local, para averiguar a informação. Ao chegarem, viram Anderson caído ao solo.

Os policiais realizaram o isolamento do local e uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou o óbito. A perícia técnica da Polícia Civil esteve no local e realizou os trabalhos de praxe, liberando o corpo, que foi levado ao Instituto Médico Legal (IML).

 

Foto: reprodução/ WhatsApp

 

Durante as diligências, os militares fizeram contato com um irmão do advogado, que disse aos policiais não saber de nenhuma desavença do irmão com o suspeito. Ele apenas disse que Anderson estava em processo de separação com a filha do acusado.
Vídeo

Uma câmera de segurança gravou o crime. Veja:

 

 

Correção: No vídeo é citado por uma vez que o crime ocorreu no domingo. Informação corrigida logo depois. 

Guarda de criança foi motivação

A Plox entrevistou ao vivo o delegado de homicídios, Marcelo Marino, que deu mais informações a respeito do caso. A motivação, segundo Marino, “não estaria ligado a violência doméstica, a motivação está ligada a disputada da guarda do filho menor que está morando com a mãe”. 

 Veja abaixo:

 

Destaques