Conceição Evaristo ingressa na Academia Mineira de Letras como membro imortal

Em um marcante reconhecimento de sua influente trajetória literária, Conceição Evaristo, renomada escritora de Belo Horizonte, foi eleita a nova imortal da Academia Mineira de Letras

Por Plox

16/02/2024 10h22 - Atualizado há 5 meses

A eleição, realizada em 15 de fevereiro de 2024, consagrou Evaristo com uma expressiva maioria de votos: 30 de 34 possíveis. Este feito segue sua recente distinção como intelectual do ano pelo Prêmio Juca Pato.

Foto: Divulgação

A cadeira número 40, anteriormente pertencente à Maria José de Queiroz, agora acolhe Evaristo, agregando seu legado à lista de ilustres ocupantes. A eleição não somente honra sua vasta contribuição como escritora, poeta e professora, mas também celebra sua "escrevivência" — um conceito que ela mesma cunhou, refletindo a fusão entre escrita e vivência.

Jacyntho Lins Brandão, presidente da Academia, ressaltou o significado da eleição de Evaristo como um enriquecimento cultural e literário para a instituição, destacando sua trajetória marcada por Minas Gerais e Belo Horizonte. Maria Esther Maciel, acadêmica, complementou, apontando Evaristo como uma voz poderosa para a literatura brasileira contemporânea e uma representante influente das mulheres negras no país.

Nascida na comunidade Pindura Saia em Belo Horizonte, Conceição Evaristo despontou na literatura em 1990, através da série Cadernos Negros. Seu trabalho abrange romances, contos, poesias e ensaios, alcançando reconhecimento internacional com traduções em múltiplas línguas. Dentre seus trabalhos mais notáveis estão "Ponciá Vicêncio", "Becos da Memória" e "Olhos D'água", este último premiado com o Jabuti em 2015.

A carreira de Evaristo é pontuada por prêmios e homenagens, incluindo o Prêmio Cláudia de Cultura em 2017 e a distinção como personalidade literária no 61º Prêmio Jabuti. Sua eleição para a Academia Mineira de Letras não apenas reconhece sua contribuição literária, mas também reafirma a importância de vozes diversas e poderosas na literatura brasileira, promovendo a riqueza da diversidade cultural e étnica do país.


 

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