Julgamento de médico por morte de cabeleireira após cirurgias plásticas inicia em Belo Horizonte
Três anos após o falecimento de Edilsa de Jesus Soloni, médico enfrenta acusações em corte; audiências prosseguem
Por Plox
16/02/2024 22h29 - Atualizado há 10 meses
Três anos após o trágico falecimento de Edilsa de Jesus Soloni, uma jovem cabeleireira de 20 anos, o médico responsável pelas cirurgias plásticas a que ela se submeteu em Belo Horizonte vai a julgamento. A morte de Edilsa, que ocorreu horas após passar por três procedimentos estéticos em uma clínica na Savassi, Região Centro-Sul da capital mineira, em 11 de setembro de 2020, acendeu debates sobre os riscos associados a cirurgias plásticas em ambientes não hospitalares.
Início do Julgamento
O processo contra o médico, inicialmente indiciado por homicídio doloso, mas posteriormente acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais de homicídio culposo, teve sua primeira audiência de instrução na sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024, na 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte. Durante esta sessão, foram ouvidas quatro testemunhas de acusação, incluindo a irmã da vítima. Entretanto, a ausência de duas testemunhas chave – uma enfermeira da clínica e o médico que atendeu Edilsa de emergência – levou ao adiamento da audiência para o dia 16 de abril, quando mais testemunhas serão ouvidas.
Cirurgias e Complicações
Edilsa de Jesus Soloni faleceu após se submeter a uma lipoabdominoplastia, inserção de gordura nos glúteos e lipoaspiração na papada, todos realizados na clínica Belíssima. Quatro horas após os procedimentos, ela desmaiou e foi encaminhada ao Hospital Felício Rocho, onde veio a falecer pouco tempo após a admissão. A família e amigos da vítima, alegando negligência, protestaram em frente à clínica, acusando o médico, proprietário do estabelecimento, de ter convencido Edilsa a realizar os três procedimentos de forma simultânea e sem o suporte de infraestrutura hospitalar adequada.