Professores Municipais de BH iniciam greve por melhores salários

Categoria rejeita aumento de 8,04% e critica contagem de tempo para progressão; Prefeitura destaca limitações orçamentárias

Por Plox

16/02/2024 08h33 - Atualizado há 10 meses

Professores concursados das escolas municipais de Belo Horizonte entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (15 de fevereiro), após assembleia que decidiu pela paralisação das atividades educacionais. A decisão surge em um contexto de negociações estagnadas entre os servidores e a prefeitura da capital mineira. Os professores, que já haviam se mobilizado em 6 de fevereiro, reivindicam melhores condições salariais e criticam a proposta de recomposição apresentada pelo governo municipal.

 

Foto: Sind-Rede / Divulgação

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-Rede), a prefeitura, sob a gestão de Fuad Noman (PSD), não avançou nas negociações, mantendo a proposta de um reajuste salarial de 8,04%, a ser dividido em três parcelas, com a última prevista apenas para janeiro de 2025. Além disso, a categoria contesta a alteração na contagem do tempo para progressão por mérito, beneficiando somente os servidores acima do nível 20 na carreira.

Em resposta, a Prefeitura de Belo Horizonte expressou seu respeito pelo direito à livre manifestação dos professores, mas enfatizou as limitações orçamentárias enfrentadas. A administração municipal destacou que o reajuste de 8,04% já representa uma recomposição acima de 100% da inflação acumulada de janeiro de 2017 a dezembro de 2023, argumentando que propostas adicionais comprometeriam as finanças da cidade.

A prefeitura também relembrou que, desde 2017, foram concedidos benefícios significativos à Educação, resultando em um salário inicial para os professores 25,31% acima do piso nacional, considerando uma jornada de 22 horas e 30 minutos semanais. Ressaltou ainda que, apenas em 2023, realizou 25 reuniões com o sindicato, buscando diálogo e negociação.

Os professores planejam um calendário de mobilização, que inclui um ato público na porta da prefeitura, em parceria com trabalhadores terceirizados. Uma nova assembleia está agendada para a próxima terça-feira (20 de fevereiro), às 8h30, para definir os rumos da greve.

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