Coronel Fabriciano ainda não definiu se vai cumprir Onda Roxa

Decisão de classificar todas as cidades partiu da secretaria de saúde estadual

Por Plox

16/03/2021 09h43 - Atualizado há mais de 3 anos

Após a coletiva do Governador Romeu Zema (Novo), um posicionamento é aguardado por parte das cidades que fazem parte do Vale do Aço. Em contato com o procurador-geral do município de Coronel Fabriciano,, Denner Franco, a reportagem do PLOX foi informada que ainda não há uma definição por parte do prefeito Marcos Vinícius sobre qual decisão tomar.
Em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (16), o novo secretário de Saúde, Fábio Baccheretti, afirmou que todos os municípios de Minas terão que cumprir as medidas impostas pela Onda Roxa.

Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG


Contudo, como aconteceu em algumas vezes, incluindo a cidade de Fabriciano-MG, várias administrações municipais estão se respaldando na Reclamação 42591, julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que permite que cada prefeito tome as decisões necessárias para sua cidade, sem interferência externa.
Na última quarta-feira (10), o prefeito Marcos Vinícius chegou a afirmar ser contra o lockdown e defendeu a vacinação em massa contra a covid-19. “Fabriciano vem trabalhando com muita transparência e seriedade, entendendo que a doença veio para ficar. O objetivo do isolamento era preparar o sistema de saúde. E isso, Fabriciano vem fazendo com eficácia e continua firme com as políticas públicas de saúde mantendo a evolução de casos sob controle. Lockdown não vai resolver o problema, a vacinação em massa sim (sobretudo, dos grupos prioritários)”, defendeu o prefeito Dr. Marcos Vinicius.

Foto: PLOX


Onda Roxa
Em reunião com o novo secretário Fábio Baccheretti, presidentes das associações regionais de prefeitos e dos consórcios regionais de Saúde, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou que deve aplicar a Onda Roxa em todo estado de Minas Gerais. "Nós decretamos, a partir desta quarta-feira, depois de amanhã, dia 17 de março, onda roxa em todo o estado, por uma questão humanitária. Não por uma questão de ser alguma posição de alguém individualmente”, declarou aos participantes, alguns presencialmente e outros que participavam “on-line”.
Ainda em suas declarações aos participantes da reunião, o governador disse que a decisão valerá por um período de 15 dias. ”Vai valer por 15 dias, a contar desta quarta-feira. E nós estaremos possibilitando que apenas aquelas atividades essenciais fiquem em operação, como farmácias, supermercados e etc. E que haja a maior restrição possível à circulação de pessoas. Nós não temos outra alternativa”, declarou.

O que é terá que ser cumprido na onda roxa:

 

Imagem: reprodução GOV-MG

 

As regras para as cidades que estiverem na onda roxa incluem a proibição de circulação de pessoas sem o uso de máscara de proteção, em qualquer espaço público ou de uso coletivo, ainda que privado; a proibição de circulação de pessoas com sintomas gripais, exceto para a realização ou acompanhamento de consultas ou realização de exames médico-hospitalares; a proibição de realização de reuniões presenciais, inclusive de pessoas da mesma família que não coabitam; além da realização de qualquer tipo de evento público ou privado que possa provocar aglomeração, ainda que respeitadas as regras de distanciamento social.

São considerados serviços essenciais:

  • -Setor de alimentos (excluídos bares e restaurantes, que só podem via delivery);
  • -Serviços de Saúde (atendimento, indústrias, veterinárias etc.);
  • -Bancos;
  • -Transporte Público (deslocamento para atividades essenciais);
  • -Energia, Gás, Petróleo, Combustíveis e derivados;
  • -Manutenção de equipamentos e veículos;
  • -Construção civil;
  • -Indústrias (apenas da cadeia de Atividades Essenciais);
  • -Lavanderias;
  • -Serviços de TI, dados, imprensa e comunicação;
  • -Serviços de interesse público (água, esgoto, funerário, correios etc.)
     
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