MG falta leitos de UTI, cilindros de oxigênio e anestesia em alguns hospitais, diz secretário de Saúde
De acordo com o secretário, já tem pacientes sendo intubados sem serem anestesiados
Por Plox
16/03/2021 16h39 - Atualizado há mais de 3 anos
Em coletiva realizada na manhã desta terça-feira (16), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte-MG, o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti afirmou que em Minas Gerais já têm hospitais que faltam leitos de UTI, cilindros de oxigênio e até anestesia. De acordo com o secretário, já tem pacientes sendo intubados sem serem anestesiados.
Fábio Baccheretti tomou posse como secretário estadual de Saúde ontem (15) e hoje, em sua primeira entrevista coletiva, já admitiu que existe uma preocupação em relação aos leitos criados para conter a Covid-19.
"A maioria dos hospitais grandes que têm leito de CTI, utilizam grandes reservatórios de oxigênio líquido. Mas quando novos leitos são criados, em muitos deles não dá tempo de criar essa estrutura e são leitos com cilindros de oxigênio e a logística é muito complexa, tem que se trocar várias vezes. Já o kit de intubação, nós fizemos uma compra recente para distribuir para as regiões que mais faltam", disse Baccheretti.
O governo do Estado pediu apoio ao Ministério da Saúde para que não falte oxigênio em Minas. “Temos pedido apoio ao Ministério da Saúde em relação a isso já prevendo esse aumento de consumo para que não haja nenhum tipo de falta de suprimento”, disse o secretário de Saúde.
Baccheretti lembrou que Minas não passa por uma crise de abastecimento do oxigênio, mas que há uma preocupação do Governo do Estado para que não falte o insumo, uma vez que o aumento do número de internações representa um consumo maior do produto. No início no ano, o estado do Amazonas viveu um colapso em sua rede hospitalar devido à dificuldade de reabastecimento.
Insumos
O secretário de Saúde pontuou ainda que o Governo de Minas tem se antecipado e adquirido insumos necessários para o atendimento hospitalar nas regiões mineiras, como o kit de intubação e anestésico, mesmo sendo de responsabilidade das unidades hospitalares a aquisição desses medicamentos.
“Fizemos uma compra recente do kit. Ele é essencial e o hospital tem que comprar na sua rotina. Mas nós, como Estado, compramos uma quantidade para distribuir às regiões que mais faltam porque elas não têm dado informações confiáveis sobre esses medicamentos. É importante lembrar que o Brasil é o epicentro no mundo de Covid. Todos os Estados estão consumindo muito esse medicamento. Entendemos que o Estado deve contribuir para que não haja falta de nenhum insumo”, destacou.
Casos no Estado
De acordo com o governo estadual, até o momento, em Minas Gerais foram 980.687 casos confirmados de Covid-19 e estão em acompanhamento 71.356 casos. 888.616 pessoas já se recuperaram da doença. 20.715 pessoas perderam a vida por complicações com o coronavírus.