Bolsonaro lidera ato por anistia em Copacabana antes de julgamento no STF
Ex-presidente reúne apoiadores no Rio para pressionar por perdão aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, enquanto STF se prepara para julgar denúncia da PGR
Por Plox
16/03/2025 10h43 - Atualizado há 3 meses
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) volta à orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (17), para um ato público em defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A manifestação acontece exatamente uma semana antes do Supremo Tribunal Federal (STF) julgar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pode tornar Bolsonaro réu no caso da trama para impedir a posse do presidente Lula (PT).

Desde as primeiras horas da manhã, manifestantes vestidos com a camisa da seleção brasileira, empunhando bandeiras do Brasil e cartazes pedindo “anistia já”, começaram a se concentrar no local. Além disso, faixas que fazem referência ao ex-presidente americano Donald Trump foram erguidas pelos apoiadores. Para impulsionar o ato, dois trios elétricos foram montados na região.
O evento conta com a presença de diversas lideranças políticas bolsonaristas. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) já esteve no local e cumprimentou manifestantes. Além dele, são esperados os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Mauro Mendes (Mato Grosso) e Jorginho Mello (Santa Catarina), além de nove senadores e mais de 40 deputados federais. O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do evento, também confirmou participação. O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, que recebeu autorização do ministro Alexandre de Moraes para retomar contato com Bolsonaro, está entre os presentes.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, no entanto, não participa da manifestação. Ela passou recentemente por uma cirurgia estética e não recebeu liberação médica para comparecer ao ato.
O foco principal do evento é pressionar o Congresso e o STF em favor do projeto de lei que prevê anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. O movimento tem apoio do centrão, incluindo partidos como Republicanos, PSD, União Brasil e PP, que atualmente possuem ministros no governo Lula. Além disso, a mobilização busca fortalecer a defesa de Bolsonaro diante da acusação apresentada pela PGR sobre sua suposta participação na tentativa de golpe após a eleição de 2022.
Os ataques ao presidente Lula (PT) também estão presentes, mas de forma secundária. Com a popularidade do petista em queda, os bolsonaristas querem aproveitar o momento para demonstrar a fragilidade política do governo atual.
Na véspera do ato, Bolsonaro compartilhou um vídeo em sua conta na rede social X, mostrando a entrada do hotel onde está hospedado, cercado de apoiadores. “Será um grande dia”, declarou o ex-presidente, destacando que o protesto tem como principal bandeira o “resgate dos presos do 8 de janeiro”.