Nikolas Ferreira critica STF e defende presos do 8 de janeiro
Deputado protesta contra decisões de Moraes e relembra caso de detento morto na Papuda
Por Plox
16/03/2025 15h10 - Atualizado há 3 meses
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) participou neste domingo (16) do ato 'Anistia Já', realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro. Durante seu discurso, o parlamentar reforçou críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), com foco no ministro Alexandre de Moraes.

Nikolas abriu sua fala destacando a importância da manifestação e ressaltando que, apesar de não haver motivo para comemoração, os presentes tinham razões para lutar. Em seguida, mencionou o caso de Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão, que morreu na Penitenciária da Papuda em 2023, mesmo após a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter emitido um parecer favorável à sua soltura. A decisão, no entanto, não foi apreciada pelo ministro Moraes.
O deputado lamentou o impacto da morte de Clezão na família do detento, comparando com sua própria experiência ao perder entes queridos antes de momentos importantes de sua vida. 'O STF não apenas tirou a vida dele, mas também a oportunidade de sua filha de apresentar seu filho ao avô', declarou.
Nikolas prosseguiu suas críticas afirmando que Moraes, 'que não recebeu um único voto de nenhum cidadão brasileiro', tem tomado decisões que afetam a vida de muitas pessoas. Ele afirmou que, embora o caso de Clezão seja 'irreversível', há outros presos que também estão perdendo momentos preciosos com suas famílias por decisões que considera injustas.
Sem mencionar diretamente nomes, o parlamentar fez referência ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, criticando o fato de que, apesar de ter uma condenação que soma 300 anos de prisão, vive em liberdade e ainda exerce influência na política.
Finalizando seu discurso, Nikolas Ferreira enfatizou a necessidade de continuar lutando, afirmando que 'quando a gente para de lutar, já perdeu a guerra'.
O ato 'Anistia Já' reuniu diversas figuras políticas e apoiadores da causa, protestando contra as prisões relacionadas aos eventos do 8 de janeiro.