Mineiro admite envolvimento com tráfico humano e pode pegar até 10 anos de prisão nos EUA
O mineiro é acusado de ameaça e extorsão, além do tráfico humano.
Por Plox
16/04/2023 15h30 - Atualizado há cerca de 2 anos
Fagner Chaves de Lima, de 41 anos e natural de Tarumirim, Minas Gerais, admitiu culpa em acusação de tráfico humano no Tribunal Distrital de Connecticut, nos Estados Unidos. Conhecido como "coiote", termo utilizado para se referir a pessoas que facilitam a imigração ilegal, Lima está preso desde 30 de junho de 2022 e pode ser condenado a até 10 anos de prisão, três em liberdade condicional e multa de R$ 1,22 milhão.
Atuação no tráfico humano e pagamento
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, Lima recebeu "milhares de dólares" por sua atuação no tráfico humano. Além disso, ele também era responsável por providenciar acomodações para as vítimas durante a viagem. O mineiro é acusado de ameaça e extorsão, além do tráfico humano.
Investigação e provas
Investigadores obtiveram provas contra Lima através de um agente disfarçado, que registrou conversas com o suspeito pelo WhatsApp. O policial ofereceu pagamento de US$ 15 mil (cerca de R$ 73,6 mil) pelos serviços ilegais, que seriam utilizados para levar sua irmã e sobrinha do Brasil para os EUA. Lima teria afirmado que está envolvido com o tráfico de pessoas há 20 anos e consegue colocar pessoas dentro do território americano "com visto, sem visto, ou se . . . [eles] são procurados pela polícia".
Exploração de indivíduos vulneráveis
Em nota, a procuradora Rachael Rollins afirmou: "A operação de contrabando humano que Lima explorou colocou em perigo indivíduos vulneráveis que procuraram seus serviços para vir para os Estados Unidos em busca de uma vida melhor. Ele explorou esses indivíduos vulneráveis para obter dezenas de milhares de dólares em lucro".
O agente especial do FBI, Joseph Bonavolonta, acrescentou: "Nenhum ser humano deveria ser tratado como uma mercadoria, mas foi exatamente isso que esse homem fez. Ele mentiu para suas vítimas para ganhar centenas de milhares de dólares para si mesmo".