Janja cobra urgência em regulamentar redes sociais após morte de criança

Primeira-dama reagiu à tragédia envolvendo menina de 8 anos que participou de desafio viral com desodorante

Por Plox

16/04/2025 14h26 - Atualizado há 2 dias

A morte trágica de Sarah Raissa Pereira de Castro, de apenas 8 anos, reacendeu o debate sobre a regulamentação das redes sociais no Brasil. A menina perdeu a vida após participar de um perigoso desafio no TikTok, conhecido como 'desafio do desodorante'.


Imagem Foto: Agência Brasil


Diante do ocorrido, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, se pronunciou por meio de um vídeo em sua conta privada no Instagram, onde reforçou a necessidade urgente de aprovação de uma legislação que regule o funcionamento das plataformas digitais no país. \"A gente tem uma série de temas importantes que precisam de votação no Congresso Nacional. Mas tem esse que é urgente, urgentíssimo: a regulamentação das redes sociais\", afirmou.



Janja classificou o desafio como \"ignorante\" e fez duras críticas à forma como essas redes operam, dizendo que as plataformas digitais não podem continuar sendo uma \"terra de ninguém\".
A gente vai seguir trabalhando para que o projeto de regulamentação das redes seja aprovado com a mais urgência possível

, declarou a primeira-dama.


O caso também mobilizou o Senado Federal. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que preside a Comissão de Direitos Humanos, encaminhou um ofício às plataformas TikTok e Kwai exigindo providências para garantir a segurança física e psicológica de crianças e adolescentes expostos a esse tipo de conteúdo nas redes.


O debate ocorre em meio à paralisação do Projeto de Lei das Fake News, em tramitação na Câmara dos Deputados desde 2023. A proposta, relatada pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), visa responsabilizar as plataformas por conteúdos ilegais compartilhados por seus usuários. No entanto, enfrenta forte resistência de parlamentares da oposição, que apontam riscos à liberdade de expressão, além da pressão de representantes das grandes empresas de tecnologia.


Em 2023, o projeto esteve próximo de ser votado em plenário, mas, diante da falta de consenso, acabou sendo redirecionado para análise de uma comissão especial. Agora, com mais um caso trágico envolvendo crianças, o debate sobre a urgência da regulamentação ganha novo fôlego no cenário político nacional.


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