Trump corta bilhões e chama Harvard de ‘piada’ após embate com universidade
Presidente dos EUA acusa instituição de propagar ‘ódio e estupidez’ e congela US$ 2,2 bilhões de repasses federais
Por Plox
16/04/2025 11h41 - Atualizado há 7 dias
Um novo capítulo na tensão entre o governo Trump e instituições de ensino superior nos Estados Unidos ganhou destaque nesta quarta-feira (16), quando o presidente norte-americano chamou a Universidade de Harvard de 'piada' e anunciou a suspensão de repasses federais à instituição.

A decisão do governo norte-americano veio um dia após a universidade recusar as exigências feitas por Trump, que incluem uma auditoria ideológica de professores e alunos. Como resposta, o presidente republicano anunciou o congelamento de US$ 2,2 bilhões em fundos federais destinados à universidade e ainda ameaçou retirar benefícios fiscais da instituição.
“Harvard é uma piada, ensina ódio e estupidez, e não deveria receber fundos federais”, escreveu Trump em publicação feita na sua plataforma Truth Social. Ele também declarou que a universidade “não pode mais sequer se considerar um lugar decente de aprendizado” e que deveria ser excluída das listas de melhores instituições do mundo.
Segundo o presidente dos Estados Unidos, Harvard, assim como outras universidades do país, estaria permitindo manifestações de antissemitismo em seus campi. Para manter os repasses, o governo condicionou a universidade a uma série de medidas, incluindo a avaliação de posturas e declarações de alunos e professores.
Diferentemente da Universidade de Columbia, que aceitou parte das exigências, Harvard se recusou a cumpri-las. Em uma carta aberta enviada a estudantes e docentes, o reitor Alan Garber afirmou que a instituição não abrirá mão de sua independência e de direitos constitucionais assegurados.
Protestos estudantis contra a guerra de Israel em Gaza, que têm ocorrido em diversas universidades dos Estados Unidos, também foram mencionados por Trump como parte das motivações para as medidas adotadas. Desde que reassumiu a presidência em janeiro, Donald Trump tem mirado diretamente as instituições de ensino consideradas progressistas.