Um trágico acidente na BR-251, próximo ao município de Grão Mogol, no Norte de Minas Gerais, resultou na morte de nove pessoas e deixou outras dez feridas. Diante da tragédia, o governador Romeu Zema (Novo) utilizou suas redes sociais para responsabilizar o governo federal e criticar duramente a burocracia envolvida nas obras da rodovia.
Foto :Marcos Correa/PR Zema manifestou solidariedade às famílias das vítimas e apontou que, mesmo com a inclusão da BR-251 no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os avanços seguem travados. “Nove vidas perdidas e dez feridos na BR-251, uma das mais letais do país, em mais um trágico acidente. Minha solidariedade às famílias. A rodovia foi incluída no PAC, mas segue travada pela burocracia do governo federal. Até quando essa estrada vai ser sinônimo de luto?”, declarou o governador em uma publicação.
A BR-251, inaugurada no final da década de 1990, conecta importantes regiões do país, ligando o Triângulo Mineiro ao norte de São Paulo e ao Distrito Federal, além de facilitar o acesso ao Nordeste por meio da BR-116. Dados da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) indicam que aproximadamente 15 mil veículos de carga utilizam a estrada diariamente.
Em resposta à situação, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que a BR-251 está atualmente em processo de concessão. Até que a empresa vencedora do leilão assuma a gestão da via, a responsabilidade pela manutenção e conservação permanece sob a alçada do órgão. Contudo, o DNIT encaminhou eventuais dúvidas à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que não se manifestou até a publicação desta matéria.
O projeto de concessão das BRs 116 e 251, apresentado pelo Ministério dos Transportes e a ANTT em janeiro deste ano, prevê a duplicação de 178,47 km ao longo de 30 anos, com um investimento total superior a R$ 12 bilhões. Na BR-251, pouco mais de 24 km serão duplicados, sendo cerca de 10 km na região da Serra de Francisco Sá — e isso apenas a partir do terceiro ano da concessão. A proposta desapontou representantes da Amams e caminhoneiros, que esperavam a duplicação completa da rodovia.
