Lula discute com ministros apoio à CPMI que investiga fraudes no INSS
Presidente voltou de viagens internacionais e reuniu aliados no Alvorada para tratar da investigação sobre desvio bilionário no INSS
Por Plox
16/05/2025 14h19 - Atualizado há 1 dia
Depois de uma semana marcada por viagens diplomáticas pela Rússia, China e Uruguai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornou ao Brasil e convocou uma reunião com ministros e líderes governistas nesta sexta-feira (16), no Palácio da Alvorada. O principal tema em pauta foi o posicionamento do governo diante da criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A reunião contou com a presença de figuras centrais do governo, como o líder do Executivo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), o chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR). Também participou Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação Social, além do ministro da Previdência, Wolney Queiroz, cuja pasta está diretamente envolvida nas investigações sobre o caso.
O governo debate como lidar com a possibilidade de o Congresso instalar uma CPMI para apurar um esquema que pode ter desviado mais de R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024.
A movimentação nos bastidores ocorre num momento delicado, após a pressão por transparência e responsabilização sobre os desvios no INSS, que teriam ocorrido ao longo dos últimos anos. A preocupação da equipe de Lula é articular uma estratégia política para lidar com o impacto da instalação da CPMI e avaliar o quanto o Executivo deve apoiar ou se manter distante da investigação.
Lula desembarcou em Brasília na noite de quinta-feira (15), após ter participado do velório do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica. Logo no final da manhã de sexta, o presidente reuniu seus ministros mais próximos para discutir os próximos passos diante da possibilidade concreta de a comissão ser instalada nos próximos dias.
A criação da CPMI tem ganhado força no Congresso e já conta com a adesão de parlamentares de diversos partidos, inclusive do próprio Partido dos Trabalhadores (PT). A base governista avalia os possíveis desdobramentos políticos e institucionais da comissão, além das implicações diretas para a imagem do governo federal.