Decisão judicial na Espanha condena envolvidos por ato racista com boneco de Vini Jr. em ponte de Madri
Quatro homens recebem penas de prisão por ato racista contra jogador do Real Madrid
Por Plox
16/06/2025 12h30 - Atualizado há 1 dia
Em uma decisão judicial tomada nesta segunda-feira (16), a Justiça da Espanha determinou a prisão de quatro homens envolvidos em um ato racista contra o jogador brasileiro Vinicius Júnior, atacante do Real Madrid.

O episódio aconteceu em 26 de janeiro de 2023, quando um boneco representando Vini Jr. foi pendurado em uma ponte de Madri, com uma faixa que dizia: 'Madri odeia o Real'. O caso ocorreu horas antes do clássico entre Real Madrid e Atlético de Madrid, sugerindo a autoria por parte de torcedores do clube rival.

Conforme a decisão da Audiencia Provincial de Madrid, um dos réus recebeu a pena mais rigorosa: 15 meses de prisão por crime de ódio e mais sete meses por ameaças. Ele também foi responsabilizado por divulgar imagens do boneco na internet, o que agravou o impacto do ato. Essa pena foi baseada no artigo 510 do Código Penal espanhol.
Os outros três envolvidos foram sentenciados a sete meses de reclusão por crime de ódio e outros sete por ameaças. Além da pena privativa de liberdade, eles também foram multados com valores que variam entre 720 euros e 1.084 euros, o equivalente a cerca de R$ 4,6 mil a R$ 7 mil. Foi imposta ainda uma ordem de restrição em proteção ao atleta brasileiro.
Segundo informações divulgadas pelo jornal Marca, os condenados redigiram uma carta de desculpas direcionada a Vinicius Júnior, ao Real Madrid, à LaLiga e à Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
A LaLiga celebrou a condenação como um avanço significativo na luta contra o racismo. Em comunicado oficial, destacou: “Essa decisão marca um forte passo à frente na luta contra o ódio e a discriminação no esporte. A LaLiga reafirma seu compromisso inabalável de erradicar qualquer forma de racismo, violência ou intolerância dentro e fora dos estádios de futebol.”
A repercussão do caso evidenciou o combate ao racismo no futebol europeu e reafirmou o papel da Justiça na punição a atos discriminatórios.