Flávio Bolsonaro minimiza fuga de Zambelli e critica condenação do STF

Senador reconhece crime cometido por deputada, mas diz que pena é desproporcional; Zambelli está na lista da Interpol

Por Plox

16/06/2025 08h55 - Atualizado há 2 dias

Em recente entrevista concedida à Folha de S.Paulo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), primogênito do ex-presidente Jair Bolsonaro, reconheceu que a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) cometeu um crime, mas expressou sua insatisfação com a severidade da condenação aplicada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


Imagem Foto: STF


A parlamentar foi sentenciada pela Primeira Turma do STF por unanimidade, sendo responsabilizada pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. A pena estabelecida inclui 10 anos de prisão, cassação do mandato, inelegibilidade e aplicação de multa.



Conforme informações da Polícia Federal, Zambelli deixou o Brasil pela cidade de Foz do Iguaçu (PR), cruzando a fronteira para a Argentina no dia 25 de maio. Após isso, seguiu para os Estados Unidos e, posteriormente, para a Itália. Diante disso, seu nome foi adicionado à lista vermelha da Interpol, o que a torna procurada em 196 países.


Durante a entrevista, Flávio Bolsonaro demonstrou compreensão quanto à fuga da deputada, atribuindo a atitude ao que chamou de um sentimento de desesperança. $&&$ “Eu vejo mais uma pessoa ali que está num nível de descrença das instituições brasileiras, num nível até de desespero, eu acho, do que vai fazer da vida. Porque ela não merece estar presa, não merece essa condenação que ela tomou” $, declarou o senador.

Ele ainda criticou o rito processual adotado pelo STF, sugerindo que houve uma celeridade incomum no julgamento do caso.



No momento, o governo italiano analisa o pedido formal de extradição encaminhado pelo Brasil. O documento foi entregue pelo embaixador brasileiro em Roma, Renato Mosca, ao Ministério das Relações Exteriores da Itália. Zambelli afirma que pretende se apresentar às autoridades locais.


A deputada contratou o advogado italiano Pieremilio Sammarco, professor da Universidade de Bergamo e conhecido por defender figuras públicas como o político Beppe Grillo, numa tentativa de evitar sua devolução ao território brasileiro.



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