Mineira morre em queda de balão ao viajar com o marido para comemorar o Dia dos Namorados
Psicóloga de Pouso Alegre viajou com o marido para comemorar o Dia dos Namorados e acabou morrendo após acidente com balão que decolou de Iperó
Por Plox
16/06/2025 12h24 - Atualizado há 2 dias
A celebração do Dia dos Namorados terminou em tragédia para a psicóloga Juliana Alves, de 27 anos, natural de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais. Ela estava com o marido, Leandro de Aquino, no interior de São Paulo, onde participavam de um passeio de balão, quando a aeronave caiu no último domingo (15).

Juliana havia se casado recentemente e trabalhava na área de Recursos Humanos de uma empresa em sua cidade natal. Formada em Psicologia pela Universidade do Vale do Sapucaí (Univás), ela atuava há pouco mais de um ano com recrutamento e seleção, conforme indicava em seu perfil no LinkedIn.
O balão que transportava 33 passageiros, além do piloto e um ajudante, decolou da cidade de Iperó e caiu em uma área rural de Capela do Alto, a aproximadamente 130 km da capital paulista. A jovem chegou a ser socorrida em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos. Dez pessoas tiveram ferimentos leves. O corpo de Juliana será sepultado nesta segunda-feira (16).
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), há suspeitas de que Juliana estivesse grávida, e exames complementares foram solicitados para confirmar essa possibilidade. O acidente ocorreu em meio a ventos que chegaram a 70 km/h, muito acima do limite recomendado de 10 km/h para esse tipo de atividade.
O evento aconteceu próximo à cidade de Boituva, que sediava a 38ª edição do Campeonato Brasileiro de Balonismo, mas os voos oficiais foram cancelados na manhã do acidente devido às condições meteorológicas adversas.
Segundo Johnny Silva, presidente da Confederação Brasileira de Balonismo, o balão era clandestino. Ele afirmou que o piloto estava com os documentos vencidos e só tinha autorização para realizar voos individuais. Além disso, a capacidade máxima da aeronave seria de 24 pessoas, inferior ao número de passageiros presentes.
Preso após o acidente, o piloto declarou em depoimento que perdeu o controle do balão devido a uma mudança brusca nas condições climáticas. Ele não apresentou os documentos de habilitação exigidos para o voo.