Simões lidera articulação por gasoduto enquanto Zema foca em embates com o governo federal

Enquanto o governador Romeu Zema (Novo) concentrava suas ações em críticas à gestão federal diretamente da China, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), assumia um papel de liderança em Brasília. Nesta segunda-feira (16), Simões esteve na capital federal acompanhado de prefeitos e deputados estaduais, para tratar da implantação de um gasoduto no Sul de Minas.

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A obra, considerada essencial para reduzir os custos operacionais de empresas da região que ainda dependem do transporte de gás por caminhões, conectará inicialmente as cidades de Jacutinga e Pouso Alegre, em um trecho de aproximadamente 80 quilômetros. A execução ficará a cargo da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig). O encontro com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), fortaleceu o movimento encabeçado por Simões.

Essa mobilização reforça a figura do vice-governador como articulador político e executor de projetos estratégicos. Além do gasoduto, ele também se destacou ao apresentar à Assembleia Legislativa projetos para adesão ao Programa de Pleno Pagamento das Dívidas do Estado (Propag), voltado para a renegociação da dívida mineira de R$ 165 bilhões com a União. Simões tem pressionado parlamentares pela aprovação das propostas e agradecido aqueles que já votaram favoravelmente.

Nas redes sociais, Simões também já se manifestou sobre a precariedade de rodovias federais, solicitando mais investimentos e evidenciando ações do governo estadual nas estradas. Enquanto isso, Zema mantém uma postura mais voltada ao cenário nacional, mirando possíveis ambições eleitorais para 2026. Em uma publicação recente, o governador ironizou o anúncio de férias do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com uma montagem à beira-mar e a legenda: “Haddad entrou de férias hoje! 7 dias sem imposto”.

Esse comportamento evidencia o papel assumido por cada um dentro do atual governo mineiro. Simões se firma como provável sucessor natural ao Palácio Tiradentes, já reconhecido internamente como o nome do partido para a disputa. Já Zema se prepara para medir forças com figuras como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Ronaldo Caiado (União), de Goiás, na corrida presidencial.

O encontro entre Silveira e Simões reacendeu especulações sobre uma possível mudança de partido por parte do vice-governador. Rumores antigos indicavam sua possível migração para o PSD, mas na época havia indefinição sobre a candidatura do senador Rodrigo Pacheco ao governo de Minas. Recentemente, Pacheco demonstrou postura de pré-candidato ao criticar Zema, ainda que indiretamente, ao afirmar que Minas não pode se contentar com “política feita por TikTok”.

\"Minas precisa de política séria e presente. Não de espetáculo nas redes sociais\", afirmou Pacheco durante evento em Contagem.

O presidente Lula, presente na ocasião, endossou a fala chamando o senador de “futuro governador”.