Investigações sobre Flávio Bolsonaro são suspensas por ministro Dias Toffoli

O ex-deputado é investigado por supostos crimes na Alerj

Por Plox

16/07/2019 14h45 - Atualizado há quase 6 anos

O ministro Dias Toffoli acatou nessa segunda-feira, 15 de julho, o pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para que suspendesse os processos em que dados bancários e fiscais dele foram compartilhados em órgãos federais sem autorização da Justiça. As informações da Receita Federal, do Conselho de Controle de Atividades Econômicas e do Banco Central foram partilhadas com o Ministério Público. A decisão é até o dia 21 de novembro deste ano.

Flávio Bolsonaro é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro Folha de Pernambuco

Flávio Bolsonaro é investigado por supostos crimes quando era deputado- Foto: Reprodução

Havia o pedido para que fosse quebrado o sigilo de Flávio para apurar supostos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato quando era deputado estadual. O relatório do Coaf indicou no final do ano passado, operações suspeitas em bancos de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Dados mostraram movimentação R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz, que era motorista de Flávio. “Sem autorização do Judiciário, foi realizada devassa, de mais de uma década, nas movimentações bancárias e financeiras”, afirmou a defesa. O ministro da Corte definiu pela suspensão a partir de uma ação que debate se informações como estas podem ou não ser divididas com outros órgãos sem que a Justiça seja acionada. Até a decisão definitiva do tribunal, prevista para novembro, a suspensão se aplica a todos os processos do tipo. O Ministério Público já vem realizando procedimentos de investigação criminal (PIC), sem supervisão judicial, segundo Dias Toffoli, que afirmou que “é de todo temerário do ponto de vista das garantias constitucionais que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado’.

Atualizada às 16h53

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