'Rachadinha': Justiça decreta prisão de vereador de Itabira

Agnaldo Enfermeiro já é considerado foragido da justiça

Por Plox

16/07/2019 13h39 - Atualizado há mais de 4 anos

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em Itabira decretou a prisão preventiva do vereador Agnaldo Gomes Vieira (PRTB), conhecido como “Agnaldo Enfermeiro”, nesta terça-feira, 16 de julho. O parlamentar estaria envolvido na prática conhecida como ‘rachadinha’, quando o funcionário é persuadido a entregar parte de seus rendimentos ao empregador. O vereador já é considerado foragido desde o dia último dia 12, sexta-feira passada. Ele pode ser indiciado por associação criminosa e por concussão, quando servidores públicos cometem crimes contra a administração pública.

Agnaldo

Agnaldo tem se ausentado das reuniões na Câmara alegando problemas de saúde- Foto: Thales Benício

Sob a alegação de problemas relacionados à sua saúde, Agnaldo tem se ausentado das mais recentes reuniões no Legislativo itabirano, inclusive, apresentando atestados médicos. Agnaldo é investigado desde o começo deste mês, quando foi detido outro parlamentar, Weverton Júlio Limões, e o diretor administrativo da Câmara de Itabira, Ailton Francisco de Morais. Sobre os três pesam as mesmas acusações. Além de suposto envolvimento no esquema de ‘rachadinha’, Agnaldo é acusado por uma ex-funcionária de seu gabinete de assediá-la moralmente. Conforme o site ItabiraNet, ele a “vigiava ir ao banheiro, não deixava que ela conversasse com outros vereadores e pedia que ela não fosse trabalhar quando ele não estava na Câmara”.

Caso semelhante em Santana do Paraíso

Na semana passada, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Ipatinga realizou investigações para apurar um crime supostamente cometido por um vereador da cidade de Santana do Paraíso. O vereador Claudinei, mais conhecido como ‘Buchim’ estaria envolvido em ‘rachadinha’, segundo ação junto à Promotoria de Justiça de Patrimônio Público de Ipatinga. Ele recebia parte de salário de seus assessores ou de servidores indicados por ele na Câmara. Segundo o delegado Gilmaro Alves, o vereador contratou um servidor como assessor de gabinete e passou a exigir que esse assessor, fizesse uma devolução de R$ 1.000. Caso não cumprisse o acordo, o mesmo teria seu contrato rescindido.
 

 

Atualizada às 13h53
 

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