Polícia Civil prende um dos suspeitos de chefiar quadrilha de estelionatários

A vítima era escolhida de acordo com o poder aquisitivo

Por Plox

16/07/2019 22h33 - Atualizado há quase 5 anos

A Polícia Civil prendeu um homem de 27 anos suspeito de liderar uma quadrilha que cometia estelionatos em Minas Gerais. Ele praticava golpes com cartões de crédito, e entre as vítimas estavam juízes, desembargadores e médicos. É estimado que a fraude mais recente tenha chegado a R$ 30 mil. Há suspeitas de que mais quatro pessoas estejam envolvidas no crime. 

Polícia Civil cumpriu o mandado de prisão preventiva de Frederico Dione Pereira Bittencourt, 27 anos, em Ribeirão das Neves, nesta segunda-feira (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Polícia Civil prendeu um dos suspeitos de chefiar quadrilha de estelionatários- Foto: Reprodução

A polícia apreendeu vários cartões, equipamentos para adulteração de identidades, telefones celulares, computador com impressora e até videogames. O investigador da PC, José Olegário de Oliveira, explicou que "de alguma maneira, os bandidos captam a vítima. Ela é escolhida de acordo com o poder aquisitivo, sobretudo, pessoas com cartões black, gold ou platinum, que tem um grande poder de compra". O grupo fingia ser a operadora de cartões e através de uma ligação telefônica, diziam que o cartão da vítima tinha sido clonado. Na sequência, os falsários iam até à casa da pessoa, recolhiam o cartão e faziam várias compras em atacado, que chegavam a R$ 50 mil. Os bandidos tinham um aplicativo que grampeava as ligações e quando a vítima acionava o 0800 da operadora, acabava caindo no telefone dos golpistas, que simulavam um atendimento bancário. Depois, diziam que o cartão foi bloqueado e o usuário falaria na área de cancelamento. O golpe se desenrolava até que a vítima era orientada a escrever uma carta de não reconhecimento de compra, para ser entregue junto ao cartão a um mototaxista, que o recolheria em casa. O homem preso é apontado como o chefe da organização e teria sido preso mais oito vezes pelo mesmo crime.

Atualizada às 8h21

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