Vírus da febre amarela é detectado em mico no bairro Sion em BH

Prefeitura intensifica ações de monitoramento e vacinação em um raio de 300 metros do local

Por Plox

16/07/2024 08h29 - Atualizado há cerca de 2 meses

Na manhã desta terça-feira (16/7), a Prefeitura de Belo Horizonte confirmou a presença do vírus da febre amarela em um mico encontrado no bairro Sion, na Região Centro-Sul da capital. Para prevenir a disseminação da doença, a Secretaria Municipal de Saúde está monitorando a cobertura vacinal das residências localizadas em um raio de 300 metros do local onde o animal foi encontrado.

crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil

Medidas de Prevenção e Monitoramento

Além do monitoramento vacinal, as equipes de Zoonoses intensificaram as vistorias na área para eliminar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, vetor da febre amarela nas áreas urbanas. A prefeitura reforçou a importância da vacinação como principal medida de proteção contra a doença. "As doses são gratuitas e estão disponíveis em todos os 152 centros de saúde da cidade e no Serviço de Atenção à Saúde do Viajante. Em relação ao esquema vacinal, as crianças devem tomar a primeira dose aos 9 meses e a segunda aos 4 anos. Acima de quatro anos, a vacina é aplicada em dose única", informou a prefeitura.

Situação da Febre Amarela no Brasil

Em abril, o Ministério da Saúde emitiu um alerta para intensificação das ações de vigilância e imunização nas áreas com transmissão ativa do vírus. Este alerta veio após a morte de um homem de 50 anos em Águas de Lindóia, na divisa entre Minas Gerais e São Paulo, que não estava vacinado e apresentou exames positivos para o vírus. Nos últimos seis meses, o Brasil confirmou ao menos outros três casos de febre amarela, sendo que dois resultaram em mortes.

Esclarecimento sobre a Transmissão

A prefeitura destacou que os macacos não representam riscos diretos à saúde humana e não transmitem a doença diretamente para os humanos. A transmissão da febre amarela em áreas urbanas ocorre por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue, zika e chikungunya. Nas zonas rurais, a transmissão geralmente se dá pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes.

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