Em caverna na Índia, mulher russa é encontrada vivendo com duas filhas pequenas

Durante uma patrulha de rotina realizada na última quarta-feira (9), policiais indianos se depararam com uma situação inesperada na cidade de Gokarna, no sul da Índia: uma mulher russa de 40 anos vivia em uma caverna isolada com suas duas filhas pequenas, de 4 e 6 anos.

Foto: Reprodução

A descoberta aconteceu quando o inspetor Sridhar identificou, em meio à vegetação, uma estátua de divindade hindu e cortinas improvisadas feitas com sáris vermelhos marcando a entrada de uma gruta. Ao investigar o interior, encontrou a mulher, identificada como Nina Kutina, junto das filhas, praticando ioga, meditando à luz de velas e cozinhando em um fogão à lenha.

Segundo os policiais, Nina já ocupava a caverna havia uma semana e se mostrava relutante em deixá-la, mesmo diante das advertências sobre o risco de deslizamentos, chuvas intensas e a presença de cobras venenosas na área. Kutina afirmou que queria permanecer na floresta para adorar a Deus.

Apesar da resistência inicial, ela foi convencida a sair e conduzida junto das crianças a um abrigo feminino gerido por uma organização sem fins lucrativos. O caso mobilizou uma investigação por parte das autoridades indianas, que revelaram que a mulher havia entrado na Índia pela primeira vez em 2016, com um visto que expirou em 2018.

Mesmo tendo sido autorizada a deixar o país em abril daquele ano, ela retornou em 2020 com um novo visto de múltiplas entradas, dessa vez acompanhada por dois filhos e uma filha. Investigações apontam que seu filho mais velho, de 21 anos, morreu em um acidente de bicicleta no ano passado, e o paradeiro do filho mais novo, de 11 anos, ainda é desconhecido.

Ainda conforme as autoridades, a filha de seis anos nasceu na Ucrânia, enquanto a mais nova nasceu já em território indiano. Diante da situação, o governo ordenou vigilância rigorosa sobre Nina Kutina e iniciou procedimentos para sua deportação e a das filhas de volta à Rússia.

O episódio levantou questionamentos sobre a permanência de estrangeiros em áreas sensíveis e o controle migratório em regiões turísticas da Índia.