Vale do Aço não poderá receber voos de outras empresas aéreas; saiba o motivo
Com mais concorrência no Vale do Aço, a tendência era de mais oferta de passagens aéreas baratas
Por Plox
16/08/2019 08h47 - Atualizado há mais de 4 anos
A companhia Passaredo Linhas Aéreas, com sede em Ribeirão Preto (SP), tinha planos de lançar voos da cidade de São Paulo (Aeroporto de Congonhas) para o Vale do Aço a partir de outubro deste ano. A companhia foi surpreendida com a portaria da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), de nº 908, de 13 de abril de 2016, que limita em 32 voos semanais no Aeroporto de Santana do Paraíso.
A Passaredo recebeu 14 slots (autorização de pousos e decolagens) no Aeroporto de Congonhas que eram da Avianca Brasil. A empresa pretende lançar voos para rotas que não são exploradas pelas companhias, motivo de ter estudado o mercado do Vale do Aço.
Acontece que a Azul está usando todos os 32 voos semanais do Vale do Aço para o Aeroporto de Confins, na Grande Belo Horizonte, o que impede qualquer outra empresa de operar na região. A intenção da Passaredo era fazer a ligação de São Paulo com Santana do Paraíso com a aeronave ATR-72, com 70 assentos, mesmo modelo que a Azul opera na região.
Com mais concorrência no Vale do Aço, a tendência era de mais oferta de passagens aéreas baratas, o que não será possível por agora. A portaria da ANAC mostra que a restrição no Aeroporto de Santana do Paraíso, que é gerenciado pelo Governo de Minas, ocorre em função da sigla NPA (aproximação não precisa), conforme mostra a imagem abaixo.
A assessoria de imprensa da ANAC informou que o aeroporto que atende o mercado do Vale do Aço pode receber mais voos, mas que isto ocorra são necessários investimentos para que as restrições atuais sejam retiradas. Ainda segundo a ANAC, a limitação é para garantir a segurança dos passageiros