Criminosos aplicam golpe da "taxa das blusinhas" com valores de até R$ 88,90

A recente implementação da tarifa sobre compras importadas de até US$ 50 tem sido explorada por criminosos para aplicar golpes. Com a alcunha de “taxa das blusinhas”, as fraudes têm gerado prejuízos para consumidores, com valores variando de R$ 1,50 a R$ 88,90, de acordo com a empresa de segurança cibernética Kaspersky.

Golpe via SMS: como funciona

A prática criminosa, identificada em cerca de 50 domínios na internet, começa quando os golpistas enviam mensagens SMS para consumidores que realizaram compras internacionais. Nessas mensagens, os criminosos alegam que o cliente foi taxado e orientam que um link seja acessado para realizar o pagamento e liberar a entrega da encomenda. A Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon) alerta que esse é o início de um golpe e fornece dicas essenciais para evitar ser vítima.

Como identificar e evitar o golpe

Primeiramente, é importante ressaltar que os Correios não enviam mensagens por SMS ou WhatsApp para seus clientes. Qualquer comunicação desse tipo deve ser considerada suspeita. Além disso, os consumidores devem estar atentos ao link fornecido na mensagem. O endereço oficial dos Correios é https://www.correios.com.br/, e o de rastreamento é https://rastreamento.correios.com.br/app/index.php. Nunca clique em links suspeitos ou pague boletos ou Pix oriundos de mensagens que prometem liberar a entrega mediante o pagamento de taxas.

Sites oficiais e de rastreamento

Os principais sites de compras internacionais, como Shein, Shopee e Amazon, também possuem seus próprios links de rastreamento. A Receita Federal lista alguns dos principais:

• 3Cliques;
• AliExpress;
• Amazon;
• Importei USA;
• Magazine Luiza;
• Mercado Livre;
• Puritan;
• Shein;
• Shopee;
• Sinerlog;
• Temu.

Entenda a "taxa das blusinhas"

A chamada “taxa das blusinhas” refere-se a um imposto de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50, além do imposto estadual ICMS. Essa tarifa é aplicada às empresas que aderiram ao programa Remessa Conforme, lançado pelo governo federal, e que inclui grandes nomes do comércio eletrônico, como Shein e Shopee. Para as empresas que não participam do programa, a tarifa é de 60% mais o ICMS.

Nos casos de empresas cadastradas na Remessa Conforme, a taxa já está incluída no valor final pago pelo consumidor no site de compras. Para compras fora do programa, o pagamento deve ser realizado no site dos Correios ou das empresas de courier, que são responsáveis pela coleta e entrega dos produtos importados.

Proteja-se de fraudes

Com o aumento de golpes como o da “taxa das blusinhas”, é essencial que os consumidores fiquem atentos a mensagens suspeitas e sempre verifiquem a autenticidade dos links e comunicações recebidas. Dessa forma, é possível evitar prejuízos e garantir a segurança nas compras internacionais.