Henrique Leonardo da Silva Guimarães, de 34 anos, foi preso pela Polícia Militar na noite de quinta-feira (15), no bairro de Cavalcanti, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele é o principal suspeito de matar sua ex-companheira, Geane de Jesus Machado, de 42 anos, a facadas. O crime ocorreu na madrugada do mesmo dia, dentro da casa da vítima, e na presença de seus filhos.
Ataque durante a madrugada
Segundo familiares de Geane, Henrique invadiu a residência por volta das 2 horas da madrugada, enquanto a vítima estava acompanhada de seu atual companheiro e dos filhos. Ao ser confrontado por Geane, que exigiu que ele saísse, Henrique teria ameaçado: "Não saio, vou te matar". A filha da vítima, de 16 anos, que presenciou o ataque, relatou que o agressor desferiu duas facadas no peito de sua mãe antes de fugir do local.
Geane foi rapidamente levada ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas chegou à unidade de saúde sem vida.
Prisão e espancamento
Horas após o crime, Henrique foi localizado e preso no mesmo bairro onde o homicídio ocorreu. Antes de ser detido, ele foi espancado por populares, sendo necessário o atendimento do Corpo de Bombeiros para socorrê-lo. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso como feminicídio.
Histórico de violência
Geane de Jesus Machado, que trabalhava como babá e cuidadora, deixa seis filhos. De acordo com sua filha mais velha, Henrique era extremamente agressivo e violento durante os seis meses em que mantiveram o relacionamento. O corpo de Geane permanece no Instituto Médico Legal (IML) do Centro do Rio, e a família ainda não definiu a data do enterro. Um dos filhos menores da vítima completará aniversário neste sábado (17).
Crescimento nos casos de feminicídio
O assassinato de Geane reflete uma preocupante tendência de aumento dos casos de feminicídio no Rio de Janeiro. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que, de janeiro a junho de 2024, foram registrados 59 feminicídios no estado, um aumento em comparação aos 54 casos contabilizados no mesmo período do ano anterior.
Na quinta-feira, familiares de Geane prestaram depoimento na DHC, enquanto o corpo da vítima aguarda liberação no IML para o funeral.
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