Joanésia lidera casos de Febre Oropouche em MG, com crescimento alarmante de 44% em uma semana

Cidade do Vale do Aço registra 139 diagnósticos; aumento expressivo coloca região como a mais afetada no estado

Por Plox

16/08/2024 08h42 - Atualizado há 3 meses

Joanésia tornou-se o epicentro da Febre Oropouche no estado, contabilizando 139 casos confirmados da doença. Esse número representa um aumento expressivo de 44% em apenas sete dias, entre 7 e 14 de agosto, conforme informações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). No período, os casos subiram de 96 para 139, colocando o município como o mais afetado em Minas Gerais.

Foto: Dive/Divulgação

Vale do Aço em alerta máximo

A região do Vale do Aço, concentra o maior número de diagnósticos de Febre Oropouche em Minas Gerais. O estado, até o momento, registra 191 casos confirmados da doença, sendo que a maior parte se encontra nessa área, com outros municípios como Coronel Fabriciano e Timóteo também apresentando números preocupantes. Coronel Fabriciano, por exemplo, possui 30 casos confirmados, enquanto Timóteo registra 15.

Incidência por cidade

Além de Joanésia, outras cidades de Minas Gerais também têm relatado casos da Febre Oropouche. Em Congonhas, foi registrado um caso, em Coroaci dois, e Gonzaga confirmou um. Ipatinga, outro município do Vale do Aço, possui três casos registrados. Vale destacar que três casos confirmados em Belo Horizonte, porém referentes a residentes de Botuverá, Santa Catarina, também foram identificados.

Casos em gestantes

A SES-MG também confirmou dois casos de Febre Oropouche em gestantes na região do Vale do Aço, com notificações feitas em abril. Apesar da infecção, as crianças nasceram bem, sem sintomas, e continuam sob acompanhamento ambulatorial.

Origem e vigilância da doença

A Febre Oropouche é transmitida principalmente pela picada de insetos como maruim e pernilongos, sendo causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus. A doença apresenta sintomas similares aos da dengue e chikungunya, incluindo dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, náusea e diarreia. A primeira detecção da Febre Oropouche em Minas Gerais ocorreu em maio de 2024, com amostras coletadas nos municípios de Ipatinga, Gonzaga e Congonhas, conforme o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG).

Medidas de controle e prevenção

Como parte das estratégias de vigilância, Minas Gerais implementou a Vigilância Sentinela da Febre de Oropouche, que envolve unidades de saúde em todas as regiões do estado. Essas unidades enviam regularmente amostras à Fundação Ezequiel Dias (Funed) para testagem, contribuindo para o monitoramento contínuo da doença. Até 2023, Minas Gerais não havia registrado casos ou óbitos relacionados à Febre Oropouche.

A SES-MG, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (Cievs-Minas), continua a conduzir investigações epidemiológicas para entender melhor a disseminação do vírus e aprimorar as medidas de contenção e prevenção.

 

 

 

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