Famílias deixam de resgatar até R$ 50 mil em benefícios após morte de parentes
Levantamento aponta que brasileiros perdem recursos por falta de informação e prazos não cumpridos
Por Plox
16/08/2025 13h13 - Atualizado há 2 dias
A perda de um ente querido, além da dor emocional, pode trazer prejuízos financeiros significativos para as famílias brasileiras. Um levantamento da Planeje Bem, primeira plataforma digital do país dedicada ao planejamento sucessório e apoio pós-perda, revelou que parentes deixam de resgatar valores que variam entre R$ 10 mil e R$ 50 mil.

De acordo com a diretora executiva da empresa, Carolina Aparício, o principal motivo é o desconhecimento sobre os chamados 'ativos invisíveis', que englobam direitos financeiros e sociais vinculados ao nome da pessoa que morreu. A burocracia, a falta de orientação e o impacto emocional do luto contribuem para o esquecimento desses recursos.
Entre os benefícios mais negligenciados estão: o seguro DPVAT por acidente ou morte (40%), auxílios trabalhistas como FGTS e PIS/Pasep (25% a 30%), contas bancárias, investimentos e consórcios (25%), seguros de vida e de acidentes pessoais (20%), seguros corporativos e previdência privada (20%), além da pensão por morte do INSS (10%). Outros direitos, como auxílio-funeral oferecido por bancos e operadoras de cartão, milhas aéreas e créditos em carteiras virtuais, também costumam ser esquecidos.
O estudo mostrou ainda que homens representam de 65% a 70% dos casos de esquecimento, principalmente na faixa etária de 25 a 45 anos. Em muitos episódios, sobrinhos, filhos e netos acabam deixando de reivindicar os valores após cuidarem apenas das burocracias imediatas, como o funeral.
A Planeje Bem ressalta que parte desses recursos pode ser resgatada sem necessidade de inventário, mas os prazos são curtos e exigem documentação específica. Em casos como o DPVAT, a situação é ainda mais delicada, já que o choque causado por acidentes de trânsito inesperados faz com que as famílias adiem o pedido até perderem o direito. Segundo Carolina, muitas vezes, até a própria pessoa que morreu havia se esquecido de informar aos familiares sobre benefícios existentes.