Janja participa da Festa da Boa Morte na Bahia e celebra tradição centenária
Primeira-dama esteve em Cachoeira (BA) ao lado de ministras e destacou resistência cultural da Irmandade da Boa Morte
Por Plox
16/08/2025 09h04 - Atualizado há 3 dias
Na sexta-feira (15), a primeira-dama Janja da Silva esteve presente na Festa de Nossa Senhora da Boa Morte, realizada em Cachoeira, no Recôncavo Baiano. O evento, marcado pela tradição e pelo simbolismo, foi compartilhado por ela em publicações nas redes sociais.
Foto: Presidência
Durante a celebração, Janja ressaltou a importância do território onde ocorre a festa, descrevendo-o como um espaço sagrado que guarda memória, cultura, ancestralidade e resistência. Ela lembrou que a festividade, promovida pela Irmandade da Boa Morte, é uma das mais antigas expressões de religiosidade e identidade das mulheres negras da América Latina.
A Irmandade surgiu como um movimento de resistência ao sistema escravista, há mais de dois séculos, e até hoje mantém viva a tradição através do sincretismo religioso que une o catolicismo e o candomblé. Ao refletir sobre essa herança cultural, Janja destacou em sua postagem:
“Em Cachoeira, na Bahia, território sagrado de cultura, resistência e ancestralidade, celebramos a vida, a luta e a fé das mulheres negras do Brasil. A Festa da Boa Morte é uma tradição centenária promovida pela Irmandade da Boa Morte, uma das organizações de mulheres negras mais antigas da América Latina, que nasceu como resistência cultural e religiosa contra o sistema escravista, mais de duzentos anos depois, ainda preserva tradições por meio do sincretismo entre o catolicismo e o candomblé. Que bênção encerrar a semana ao lado de Dona Dalva e de tantas mulheres que são história viva de Cachoeira, da Bahia e do Brasil”
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Além da primeira-dama, estiveram presentes as ministras Margareth Menezes (Cultura), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos). A participação das autoridades reforçou a relevância cultural e histórica da celebração, que se mantém como um marco de fé, tradição e luta das mulheres negras do Brasil.