Mais de 500 crianças nascem sem nome do pai no registro no interior de SP em 2025

Sorocaba lidera número de registros sem paternidade; mutirão 'Meu Pai Tem Nome' buscou solucionar casos em 10 cidades

Por Plox

16/08/2025 15h00 - Atualizado há 2 dias

Entre janeiro e julho de 2025, quase 600 crianças nascidas em cinco cidades do interior de São Paulo foram registradas sem o nome do pai. Os dados são da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP).


Imagem Foto: Pixabay


Sorocaba lidera a lista com 223 registros, seguida por São José do Rio Preto (107), Bauru (106), Jundiaí (103) e Itapetininga, com 46 casos. A ausência da paternidade no registro civil compromete direitos fundamentais das crianças, como o acesso a benefícios previdenciários, herança e a formação de vínculos familiares e identitários.



Diante desse cenário, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo realizou neste sábado, até às 13h, o mutirão “Meu Pai Tem Nome” em 10 cidades. A ação incluiu exames de DNA, tentativas de acordo entre as partes e orientação jurídica especializada em Direito de Família.



O defensor público Wlamyr Gusmão Júnior, responsável pela unidade de Itapetininga, comentou que os casos geralmente envolvem mães que afirmam a paternidade e pais que a negam. “Na maioria das vezes, após o exame de DNA, a paternidade é confirmada”, afirma.



Segundo a Arpen, no ano de 2024, mais de 158 mil crianças foram registradas sem o nome do pai em todo o Brasil. Apenas no estado de São Paulo, esse número ultrapassa 27 mil.



A Defensoria destaca a importância do reconhecimento de paternidade como instrumento para assegurar o pleno desenvolvimento das crianças, tanto nos aspectos legais quanto afetivos.


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