Deputados criticam tentativa de privatização da Copasa

Na Reunião de Plenário, também foram abordados a violência contra a mulher e os benefícios da Lei Aldir Blanc.

Por Plox

16/09/2020 19h00 - Atualizado há quase 4 anos

Uma possível privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) esteve no centro das discussões do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na Reunião Ordinária desta quarta-feira (16). Dos quatro deputados que se pronunciaram, três abordaram integral ou parcialmente o tema. Violência contra a mulher e os benefícios da Lei Aldir Blanc foram outros assuntos tratados.
 
O deputado Betão (PT) condenou a intenção do governador Romeu Zema de privatizar a companhia. Ele afirmou que a empresa é uma das maiores do setor de saneamento do Brasil e apresentou números oficiais. A estatal atende 641 dos 853 municípios mineiros com abastecimento de água e 311 dessas cidades também com serviço de esgoto. Oferece água tratada para 11,4 milhões de pessoas e esgoto a 8 milhões de habitantes, atingindo 55% da população do Estado.
 
O deputado informou que, no ano passado, a empresa apresentou um lucro de R$ 754 milhões e prevê investimentos, aprovados por acionistas, de R$ 850 milhões neste ano. Até 2024, os investimentos deverão somar R$ 5 bilhões.
 
Ele lamentou que os investimentos da empresa estão atrasados e apenas R$ 149 milhões foram realizados no primeiro semestre. “O Zema quer repartir dividendos e não realizar investimentos em todo o Estado, que gerariam mais empregos locais e ajudariam a diminuir os impactos da crise”, disse Betão.
 
O deputado também mencionou dados oficiais, segundo os quais o governador estaria mantendo em caixa R$ 15,6 bilhões e deixando de quitar compromissos nas áreas de saúde e educação, além de atrasar o pagamento dos salários do funcionalismo.
 

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