Covid-19: ministro destaca eventos adversos em adolescentes vacinados
Queiroga explica revisão de recomendação sobre vacinas de covid-19
Por Plox
16/09/2021 18h19 - Atualizado há mais de 3 anos
O governo recuou na orientação de vacinação de Covid-19 em adolescentes. O Ministério da Saúde divulgou uma nova nota técnica nesta quinta-feira (16), com uma mudança de orientação, recomendando que adolescentes de 12 a 17 anos não sejam vacinados.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, concedeu entrevista coletiva à imprensa nesta quinta-feira (16), no Ministério da Saúde, em Brasília, sobre a vacinação de adolescentes contra a Covid-19.
Marcelo Queiroga pediu que os municípios sigam o Plano Nacional de Imunização e ainda criticou os estados que estão vacinando adolescentes.

Em nota técnica publicada no fim da noite dessa quarta-feira (15), o ministério passou a orientar a vacinação de Covid-19 apenas para adolescentes de 12 a 17 anos que possuem comorbidades, deficiência permanente ou estejam privados de liberdade. A nota foi assinada por Rosana Leite de Melo, da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à COVID-19.
A maioria dos casos de complicações decorrentes das vacinas ocorreu no público que tomou imunizantes não autorizados para o uso em adolescentes. Apenas a Pfizer foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, e mesmo assim, para maiores de 12 anos, sem restrições. Para esta faixa etária, nenhuma outra vacina é permitida no Brasil.
Segundo o governo federal, os estados que aplicaram doses em adolescentes utilizaram outras vacinas além da Pfizer, ou seja, AstraZeneca, CoronaVac e Janssen. Após a publicação da nota e a coletiva de imprensa do Ministério da Saúde, os estados dividem opiniões e decisões.
As capitais que ainda não começaram a vacinar adolescentes são: Teresina, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba e João Pessoa. São Paulo e outras capitais mantiveram a vacinação em adolescentes.
Confira a nota técnica na íntegra: