Marçal relata estado de saúde e critica adversários após ser agredido por Datena em debate

O influenciador e candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, está internado no Hospital Sírio Libanês após ter sido agredido durante um debate, no último domingo (15), por seu adversário, José Luiz Datena (PSDB). Marçal afirmou ter fraturado uma costela após levar uma cadeirada de Datena durante o evento, que foi transmitido pela TV Cultura.

Marçal descreve lesões e fala sobre internação

Em uma transmissão ao vivo em seu perfil no Instagram, feita diretamente de uma cama do hospital, Marçal relatou que foi ao hospital por não conseguir respirar fundo devido ao impacto da agressão. “Estou bem, vim para o hospital porque não conseguia respirar fundo. A cadeira bateu nessa mão e em uma costela, que vai demorar quatro semanas para recuperar. O punho está sendo encaminhado para o ortopedista. Não estou aqui para me vitimizar, nem para perseguir ninguém”, explicou ele, com a mão esquerda imobilizada durante o vídeo.

Agressão e desdobramentos no debate

A confusão ocorreu após uma série de trocas de provocações entre Marçal e Datena durante o debate. Em dois momentos, o influenciador mencionou um caso antigo em que Datena foi acusado de agressão sexual, algo que, segundo o candidato do PSDB, foi arquivado, com a mulher envolvida pedindo desculpas. Datena se defendeu no palco, afirmando que esse episódio afetou gravemente sua família, inclusive resultando na morte de sua sogra.

Durante o debate, Marçal continuou a pressionar Datena, alegando que o candidato estava fugindo de perguntas importantes. "O Datena nem sabe o que está falando aqui. Todos eles têm marqueteiros e gastam milhões, e ele fica inventando conversa todas as vezes. O Brasil quer saber, que hora você vai parar. Você não respondeu, você é um arregão. Esses dias atravessou o debate porque queria me dar um tapa. Você não é homem", disse Marçal pouco antes de ser atingido pela cadeira arremessada por Datena.

Após o incidente, a TV Cultura interrompeu a transmissão temporariamente. O apresentador Leão Serva anunciou que Datena foi expulso do debate, de acordo com as regras do evento, e Marçal foi levado para atendimento médico. Os demais candidatos optaram por seguir com o debate.

Críticas aos adversários e declarações sobre o incidente

Durante a live, além de relatar a agressão, Marçal não poupou críticas aos seus concorrentes, afirmando que tem sido alvo constante de ataques durante a campanha. Ele chamou seus adversários de "canalhas" e acusou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) de ser "banana e covarde". A candidata Marina Helena (Novo) também foi alvo das críticas, com Marçal insinuando que ela teria se vendido por "30 moedas de prata".

Mesmo após o ataque, Marçal reforçou que deseja manter a campanha em um nível civilizado, afirmando que “não quer fazer guerra com ninguém” e que “ninguém se solidarizou” com ele após a agressão. “Todo mundo, menos o Boulos, tem meu WhatsApp”, comentou.

Investigação e repercussão do caso

O incidente levantou questões sobre possíveis consequências legais para Datena. Advogados criminalistas já se manifestaram, apontando que uma investigação contra o candidato dependerá de uma representação criminal, o que pode levar a desdobramentos judiciais em meio à corrida eleitoral.

Por outro lado, o apresentador Ratinho aproveitou o ocorrido para fazer uma provocação, convidando Marçal e Datena para "brigarem" em seu programa no SBT, em tom de brincadeira, após o embate físico no debate.

O caso continua gerando repercussões no cenário político e pode influenciar a dinâmica da campanha para a prefeitura de São Paulo, que já vinha sendo marcada por intensas disputas entre os candidatos.