Duas policiais militares são agredidas em ocorrência de violência doméstica na Zona da Mata mineira

Uma ocorrência de violência doméstica resultou em grave ataque contra duas policiais militares na manhã desta segunda-feira (15), na zona rural de Abre Campo, Zona da Mata mineira. O suspeito, identificado como Sila Rafael de Miranda Júnior, de 48 anos, agrediu a ex-companheira e, em seguida, atacou as equipes da Polícia Militar.

Segundo relatos da vítima, Sila não aceitava o fim do relacionamento e a perseguia havia cerca de dois anos. No dia da ocorrência, ele teria se irritado com a presença de um pedreiro em sua casa, passando a agredi-la com pedaços de madeira e a ameaçando com uma serra elétrica ligada. A mulher conseguiu pedir ajuda, acionando a PM.

Durante patrulhamento, os militares localizaram o suspeito às margens da BR-262, portando uma barra de ferro concretada. Ao desobedecer às ordens de abordagem, ele lançou um tronco de madeira contra a cabeça da 1ª Tenente Suellen, causando cortes, e em seguida golpeou a 3ª Sargento Regina, que sofreu traumatismo craniano e está em estado grave, alternando momentos de consciência e inconsciência.

Outras equipes de apoio foram chamadas e, diante da violência das investidas, os policiais efetuaram disparos para conter o agressor. Ao todo, dois militares realizaram 16 disparos de arma de fogo, além de tiros de bala de borracha. Mesmo ferido, Sila continuou resistindo até ser imobilizado e preso.

Foto: Divulgação/PMMG

As policiais receberam os primeiros atendimentos na Santa Casa de Abre Campo e, posteriormente, foram transferidas para o Hospital César Leite, em Manhuaçu. Há possibilidade de transferência aérea da sargento para Belo Horizonte, dependendo da avaliação médica. O suspeito também foi levado ao hospital sob escolta policial e recebeu voz de prisão pelos crimes de tentativa de homicídio contra as militares e violência doméstica.

A Polícia Civil ficará responsável pelas investigações. A perícia foi acionada para analisar os materiais usados no ataque, e as armas utilizadas pelos militares foram recolhidas. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública informou que o autor ainda não foi encaminhado a nenhuma unidade prisional.

O caso gerou forte comoção na cidade e evidencia os riscos enfrentados por policiais militares no cumprimento do dever, além da gravidade dos casos de violência doméstica na região.