Internado em Brasília, Bolsonaro sofre crise e segue sob observação

Nesta terça-feira, 16 de setembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi levado às pressas ao hospital DF Star, em Brasília, após apresentar um quadro de mal-estar intenso, caracterizado por crises de soluço, vômito em jato e pressão arterial baixa. A equipe médica responsável já está com ele e seguirá monitorando seu estado durante a noite, sob cuidados clínicos e vigilância constante.

Segundo relatos do senador Flávio Bolsonaro, seu pai vinha demonstrando sintomas crescentes nos últimos dias, com episódios de soluço cada vez mais fortes, o que acabou provocando dificuldades respiratórias. Em determinado momento, Bolsonaro teria ficado por cerca de 10 segundos sem conseguir respirar, o que gerou um quadro de desespero e levou à expulsão forçada de conteúdo gástrico, num vômito com grande alcance, chegando a dois metros de distância.

O senador atribuiu o agravamento da saúde do ex-presidente a um desgaste emocional contínuo. \"Pra mim é muito a questão emocional, o massacre o tempo todo psicológico, o pânico, policiais cercando a casa, revistando carro\", declarou Flávio, ao falar com a imprensa na porta do hospital.

\"O massacre psicológico constante, com policiais à porta e revistas nos carros, está afetando seriamente sua saúde emocional e física\", afirmou Flávio Bolsonaro.

Além do episódio desta terça, Bolsonaro já havia realizado exames no último domingo, dia 14, em que foram constatados anemia por deficiência de ferro e resíduos de uma pneumonia causada por broncoaspiração. Na ocasião, ele estava no hospital para exames laboratoriais e de imagem, além de uma cirurgia para retirada de lesões na pele.

Após o mal-estar, o ex-presidente foi colocado em tratamento intravenoso com hidratação, conforme informado por Flávio. O relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal pelo cardiologista Leandro Echenique, que cuida de Bolsonaro, apontou um quadro de pré-síncope, com sintomas de fraqueza, tontura e episódios de vômito. A equipe médica viajou de São Paulo para Brasília especialmente para assumir os cuidados do ex-presidente no DF Star.

Vale lembrar que Bolsonaro está cumprindo prisão domiciliar e é acompanhado por policiais penais. Na última semana, ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos e três meses de prisão por envolvimento em um plano de tentativa de golpe de Estado. O caso segue sendo acompanhado de perto pelas autoridades e pela imprensa.