PC não acredita em caso amoroso e diz que assassinato de padre foi planejado
Delegado responsável pelo caso diz que o assassinato do padre Adriano da Silva Barros pode ter sido planejado com o íntuito de quitar dívidas com traficantes
Por Plox
16/10/2020 19h39 - Atualizado há cerca de 4 anos
A Polícia Civil de Minas Gerais acredita que o assassinato do padre Adriano da Silva Barros tenha sido planejado com o intuito de quitar dívidas com traficantes do Rio de Janeiro. O corpo do padre foi encontrado carbonizado e com marcas de facadas na última terça-feira (13), no município de Manhumirim-MG.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, uma reunião foi realizada no último sábado (10) entre o suspeito conduzido, que confessou ter matado o padre, seu irmão e mais uma pessoa. Ainda segundo ao delegado, tudo indica que essa reunião teria sido feita para arquitetar os detalhes desse “latrocínio”, que é como o caso vem sendo tratado pela PC.
Um jovem de 22 anos foi preso após confessar que teria matado o padre. Na versão contada à Polícia Civil, o jovem teria dito que matou o padre após uma discussão quando tentava extorquir uma quantia dele, com quem teria um caso.
Para a Polícia Civil, a versão dada pelo jovem é tida como pouco provável. A investigação trata o caso como latrocínio, uma vez que o padre teve seus pertences roubados após o crime. Moradores da região, assim como também as autoridades, tratam a versão do jovem como uma tentativa de dividir a responsabilidade pelo crime imputando culpa em supostos desvios morais do pároco.
Dívida com traficantes
De acordo com a PC, os autores do crime teriam atraído o padre para roubar seus pertences, com a intenção de quitar dívidas de um dos participantes com traficantes do Rio de Janeiro.
Segundo o delegado responsável pelo caso, o irmão do jovem que confessou o assassinato, que também é suspeito de ter participado do crime, estaria devendo uma quantia em drogas após ter perdido uma carga de entorpecentes em uma operação policial.
O crime, de acordo com a Polícia Civil, teria sido premeditado e, inclusive, o carro do padre teria sido levado ao Rio de Janeiro para ajudar a quitar estas dívidas.
As investigações, segundo a PC, apontam que o pároco foi torturado em um local diferente de onde foi encontrado carbonizado, para que entregasse dinheiro aos responsáveis pelo crime.