Membros do partido Novo querem expulsar Amoêdo por declarar apoio a Lula
Eduardo Ribeiro, presidente do Novo, a executiva nacional do partido e Felipe D’Avila, que concorreu à presidência neste pleito, se posicionaram em relação à fala de Amoêdo
Por Plox
16/10/2022 08h51 - Atualizado há mais de 2 anos
Nesse sábado (15), membros do partido Novo pediram a expulsão de João Amoedo do partido. Amoêdo é um dos fundadores do partido e a motivação da expulsão é por ele ter declarado apoio a Luís Inácio Lula da Silva (PT), no segundo turno das eleições.
Amoêdo foi candidato do Novo à presidência da República em 2018. Em entrevista à Folha de São Paulo, Amoedo afirmou que irá votar em Lula. “No dia 30, farei algo que nunca imaginei. Contra a reeleição de Jair Bolsonaro, pela primeira vez na vida, digitarei o 13. Apertar o botão ‘Confirma’ será uma tarefa dificílima”.
Eduardo Ribeiro, presidente do Novo, a executiva nacional do partido e Felipe D’Avila, que concorreu à presidência neste pleito (2022) pelo partido, também se posicionaram em relação à fala de Amoêdo.

"Vergonhosa, constrangedora e incoerente a declaração de voto de João Amoêdo em Lula. O PT e o Lula representam tudo aquilo que o nosso partido sempre combateu", afirmou Eduardo Ribeiro.
Já Felipe D'Avila pediu para que Amoêdo se retire do partido. "A declaração de voto de Amoêdo no Lula é uma traição aos valores liberais, ao partido Novo e a todas as pessoas que criaram um partido para livrar o lulopetismo que tantos males criou ao Brasil. Amoedo: pega o boné e vá embora".
Através do perfil oficial do partido no Twitter, a executiva divulgou uma nota em relação à situação. “É absolutamente incoerente e lamentável a declaração de voto de João Amoêdo em Lula, que sempre apoiou e financiou ditadores e protagonizou os maiores escândalos de corrupção da história. Seu posicionamento não representa o Partido Novo e vai contra tudo o que sempre defendemos”.
Ainda na nota, foi afirmado que o Novo sempre foi e sempre será oposição ao “lulopestismo”.
“A triste declaração constrange a instituição, que se mantém coerente com seus princípios e valores e reforça que Amoêdo não faz mais parte do corpo diretivo do partido desde março de 2020.Apoiar aqueles que aparelharam órgãos de Estado, corromperam nossa democracia e saquearam os cofres públicos é fazer oposição ao povo brasileiro. O NOVO sempre foi e sempre será oposição ao lulopetismo e tudo que ele representa”.

Christian Lohbauer, cientista político e vice de Amoêdo na chapa ao pleito de 2018, afirmou que Amoêdo deveria ser expulso. "Não faz a menor importância o que ele pensa, e o partido deveria expulsá-lo, como já fez com casos muito menos graves", afirmou.
Amoêdo se defende
Através de seu perfil no Twitter, Amoêdo afirmou que apenas fez uso de sua “liberdade de expressão”, e que o partido teria afirmado que seus filiados teriam liberdade para votar em segundo turno, de acordo com suas convicções.
“Lamento que o partido utilize meios oficiais para atacar a liberdade de expressão e política de um filiado. Ao responder o questionamento acerca do meu voto em segundo turno, apenas exerci um direito que me é conferido pela nossa Constituição. Tal direito não apenas dialoga com um dos pilares do NOVO - a liberdade de expressão - como também encontra amparo no seu Estatuto, em Diretriz Partidária vigente e em uma nota recente que textualmente reafirmou a liberdade de seus filiados em votar segundo suas convicções”.
