Saiba os mitos e verdades sobre creatina

Indicações corretas são essenciais para evitar erros comuns e mitos perigosos sobre o produto

Por Plox

16/10/2024 08h14 - Atualizado há 6 dias

A creatina é amplamente utilizada por atletas e praticantes de atividades físicas para aumentar força e resistência muscular. Embora seja considerada segura e eficaz, seu uso inadequado e a crença em mitos podem prejudicar seus benefícios. O suplemento exige consumo diário e não deve ser usado para todos os esportes, além de não possuir efeitos comprovados para o tratamento de doenças.

Produzida naturalmente pelo corpo, a creatina é formada a partir dos aminoácidos lisina, metionina e arginina, e é armazenada nos músculos como fonte de energia. Ela também está presente em alimentos como carne vermelha e peixe. Seu uso como suplemento visa principalmente melhorar o desempenho muscular, mas é essencial entender as especificidades do consumo para não cair em armadilhas que podem comprometer seus efeitos.

Um dos principais erros está na falta de regularidade no consumo. A creatina precisa ser ingerida diariamente, e não apenas nos dias de treino, como destaca Roberto Zagury, diretor do Departamento de Endocrinologia do Esporte da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Isso ocorre porque o efeito do suplemento é cumulativo, sendo necessário um depósito contínuo no corpo para garantir resultados.

Além disso, a creatina não é indicada para todos os esportes. Especialistas afirmam que ela é mais recomendada para atividades de alta intensidade e curta duração, como musculação, Crossfit e esportes de combate. No entanto, não é indicada para esportes de resistência aeróbica, como corrida, natação e ciclismo.

Outro aspecto importante são os mitos que cercam o uso da creatina, como a ideia de que ela poderia causar danos aos rins. Estudos comprovam que, em pessoas saudáveis, a substância é segura, segundo Zagury. No entanto, não há dados suficientes sobre seu uso em pessoas com problemas renais, o que exige cautela. Além disso, ainda não há comprovação científica de que a creatina possa tratar doenças como Alzheimer ou Parkinson, embora estudos iniciais estejam em andamento.

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