Frayssexualidade: descubra a orientação que preza por “sexo casual”
Para algumas pessoas, a busca por experiências casuais não está apenas ligada à liberdade sexual, mas a uma característica natural de sua orientação.
Por Plox
16/12/2024 11h44 - Atualizado há 3 meses
A frayssexualidade é uma orientação sexual que se destaca pela forma como o desejo se manifesta. Nesse contexto, o interesse sexual costuma ser intenso no início de uma relação, mas pode diminuir conforme o parceiro se torna mais familiar e a conexão emocional se aprofunda. Para algumas pessoas, a busca por experiências casuais não está apenas ligada à liberdade sexual, mas a uma característica natural de sua orientação.

O termo "frayssexualidade" designa aqueles que sentem maior atração sexual em situações marcadas pela novidade e pelo mistério. Segundo o sexólogo Vitor Mello, esse desejo não se limita ao aspecto físico. “A frayssexualidade envolve uma dinâmica complexa. Não é apenas sobre o desejo físico, mas também sobre fatores emocionais e psicológicos que impactam esse desejo ao longo do tempo”, explica o especialista.
Como Saber se Sou Frayssexual?
Identificar se você se encaixa nesse perfil requer uma análise dos seus padrões de desejo e de conexão emocional. De acordo com Vitor Mello, isso envolve observar a forma como o interesse sexual se comporta em diferentes relacionamentos. “Esse padrão pode ser observado em diferentes relacionamentos e contextos. Além disso, fatores emocionais ou gatilhos psicológicos influenciam o interesse sexual. Se você se identificar com esses padrões, pode ser útil buscar a ajuda de um profissional para entender melhor a sua sexualidade e os seus padrões de relacionamento”, orienta o sexólogo.
Quando a Atração Pode Diminuir no Relacionamento?
Para pessoas frayssexuais, o momento em que o desejo sexual começa a diminuir varia de caso para caso. Algumas relatam que a atração se enfraquece à medida que a intimidade emocional aumenta, enquanto outras sentem essa mudança apenas quando conhecem a pessoa de forma mais aprofundada.
O sexólogo Vitor Mello explica que, muitas vezes, o desejo inicial, movido pelo "desconhecido", é substituído por uma sensação de segurança emocional. “O estágio emocionalmente mais seguro do relacionamento substitui a excitação inicial que vem da novidade e do desconhecido, levando a uma diminuição do desejo sexual. Esse processo pode variar, mas é comum que a atração sexual se reduza conforme o relacionamento se torna mais estável e íntimo”, reforça.
A Frayssexualidade Está Ligada à Intimidade?
Embora a intimidade tenha seu papel, Vitor Mello esclarece que a frayssexualidade não se resume a isso. Ele afirma que a orientação sexual envolve uma combinação de fatores psicológicos, emocionais e até biológicos. "Embora a intimidade seja importante, ela é apenas um dos aspectos dessa orientação sexual. A fraysexualidade envolve uma combinação de fatores psicológicos, emocionais e até biológicos", aponta o especialista.
Um dos fatores determinantes para o desejo sexual, segundo estudos mencionados por Mello, é a dopamina — substância que está relacionada à sensação de prazer. A novidade e a imprevisibilidade estimulam a produção de dopamina, o que explicaria o aumento do desejo no início dos relacionamentos e sua posterior queda com a rotina.
Ser Frayssexual Faz de Mim um Mau Parceiro?
De forma alguma. A frayssexualidade não define a qualidade de uma pessoa como parceira, nem indica falta de compromisso ou princípios. Trata-se de uma forma específica de vivenciar a sexualidade. O importante, segundo Vitor Mello, é que as partes envolvidas no relacionamento tenham clareza sobre essa dinâmica.
“Ser frayssexual não faz alguém ser um ‘mau parceiro’. O mais importante é entender e comunicar essas dinâmicas dentro do relacionamento. O diálogo, o respeito e a compreensão mútua são fundamentais para que ambos os parceiros se adaptem a essa realidade, fortalecendo o vínculo emocional e garantindo um relacionamento saudável e equilibrado”, conclui o especialista.
A frayssexualidade, portanto, é uma orientação que desafia padrões convencionais de desejo e relacionamentos. Compreender a própria sexualidade e dialogar com o parceiro são caminhos fundamentais para garantir uma relação saudável, respeitosa e baseada na compreensão mútua.