Suspeita de abuso leva PM a investigar morte de menina de 3 anos em UPA de Minas Gerais
Criança deu entrada na unidade com dores abdominais e inflamação no ouvido; mãe nega qualquer possibilidade de abuso
Por Plox
16/12/2024 10h08 - Atualizado há 7 meses
Uma menina de 3 anos morreu nesta segunda-feira (16) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vespasiano, localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A criança, que morava com a família em São José da Lapa, foi levada à unidade após apresentar fortes dores abdominais e um quadro de inflamação no ouvido que já durava dias.

Durante o atendimento, a menina sofreu uma parada cardiorrespiratória e, apesar das tentativas de reanimação, não resistiu. Após o óbito, os médicos identificaram uma dilatação na região anal da criança, o que levou à comunicação imediata à Polícia Militar (PM).
De acordo com o sargento Anselmo Lauzinho, do 36º Batalhão da PM, a presença da dilatação levantou a hipótese de abuso, mas não há confirmação de que isso tenha ocorrido. Segundo ele, somente uma perícia técnica poderá esclarecer a causa do problema. “Os médicos em si não puderam confirmar que houve o estupro. Por isso, eles falaram que havia uma suspeita. Para determinar se havia estupro ou não, agora precisa de um laudo do exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML)”, explicou o sargento.
Mãe nega abuso e suspeita de câncer é considerada
O sargento Anselmo informou que a mãe da criança será ouvida como testemunha no caso. Em estado de choque e bastante abalada, ela negou qualquer possibilidade de que a filha tenha sofrido abuso no ambiente familiar. "O relato que nós colhemos da mãe, que parecia bastante sincera, é de que não há como apontar um estupro ocorrendo no lar", relatou o sargento.
Ainda segundo o militar, os próprios médicos apontaram que outras condições de saúde podem justificar a dilatação observada. "Eles (os médicos) não puderam atestar o estupro devido ao fato de que outras comorbidades poderiam causar essa dilatação anal, como, por exemplo, o câncer. A criança poderia ter um câncer que provocou tal situação", afirmou.
O corpo da menina foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passará por exames de corpo de delito para confirmar a causa da morte e investigar se houve qualquer tipo de violência ou se a dilatação foi provocada por uma condição de saúde. O caso está sob investigação das autoridades.