A prefeita Margarida Salomão (PT) decretou situação de emergência em Juiz de Fora após a chuva extrema registrada nesta segunda-feira (15), que provocou estragos em diversas regiões da cidade e deixou um número ainda não divulgado de desalojados e desabrigados.
Limpeza dos danos causados pela chuva em Juiz de Fora
Foto: PJF/Divulgação
De acordo com a Prefeitura, o Decreto nº 17.593 terá validade de 90 dias, com possibilidade de prorrogação conforme a evolução do cenário provocado pelo temporal.
O texto autoriza a mobilização de todos os setores da administração municipal para atuação integrada em ações de resposta, assistência à população atingida, reabilitação e reconstrução das áreas danificadas. Essas medidas seguem as diretrizes do Plano de Contingência Municipal, que está em nível máximo de alerta.
Entre as medidas emergenciais, o decreto prevê a isenção do pagamento do IPTU de 2026 para imóveis comprovadamente atingidos por enchentes ou alagamentos, após avaliação da Defesa Civil e conforme a legislação municipal.
De forma excepcional e temporária, a Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) também está autorizada a cobrar as tarifas de água e esgoto dos imóveis afetados com base na média de consumo dos últimos 12 meses. A medida leva em conta o aumento do uso de água para limpeza e recuperação dos danos provocados pela chuva.
A Prefeitura informou ainda que o monitoramento da cidade continua e que as equipes seguem mobilizadas para atendimento à população. Em caso de emergência, o contato com a Defesa Civil deve ser feito pelo telefone 199.
A administração municipal reforçou que o volume de chuva registrado em Juiz de Fora foi classificado como extremo. Em apenas uma hora, a precipitação superou 100 milímetros, o que corresponde a cerca de um terço da média climatológica de dezembro, estimada em 310,4 milímetros.
Segundo a Defesa Civil, estudos de intensidade, duração e frequência (IDF) indicam que um temporal dessa magnitude ocorre, em média, uma vez a cada 143 anos.
Em menos de 24 horas, a Defesa Civil recebeu mais de 150 chamados pelo telefone 199, todos relacionados diretamente aos efeitos da chuva. As ocorrências envolveram alagamentos, inundações, deslizamentos de encostas e danos estruturais em imóveis.
O evento climático atingiu a cidade de forma generalizada, comprometendo mobilidade urbana, infraestrutura viária, sistemas de drenagem, redes de esgoto e diversas habitações, o que motivou a adoção do regime de emergência por parte do município.
