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    Professora é presa por chamar vizinho de "macaco" em MG; ela nega e diz ter “amigos negros”

    Por Plox

    17/01/2020 10h03 - Atualizado há cerca de 4 anos

    Nessa quarta-feira (15), uma professora foi presa suspeita de injúria racial contra seu vizinho na cidade de Montes Claros-MG. A mulher identificada como Juliana Paula de Souza Monteiro, de 48 anos, teria chamado seu vizinho, Igor Thimóteo Oliveira, de 36, de “preto” e “macaco”, em uma discussão. 
     
    A professora foi levada para a delegacia, negando desde o momento da abordagem ter insultado Igor, mas foi autuada em flagrante e só foi liberada mediante o pagamento de uma fiança de R$ 2 mil. Juliana responderá o processo em liberdade. 

    igor Foto: Reprodução/Redes Sociais

     

    O crime aconteceu na rua Raimundo Mangabeira, no bairro Vila Guilhermina. Igor teria colocado um pote de feijão para descongelar em cima do muro que separa as duas casas. Minutos depois ele teria reparado que o pote estava no chão, quando questionou a sua vizinha, que estaria próxima ao muro. 
     
    Em depoimento à PM, Igor alegou que nesse momento a mulher disse “não vou falar com você, preto macaco”. Ele ainda disse que quando foi até a casa do tio da acusada, que seria o locatário das duas casas onde ele e Juliana mora, ela teria repetido a ofensa na presença de uma testemunha e disse que era melhor do que ele por ser branca. 
     
    “Tenho amigos negros”
     
    A professora, em depoimento, negou o crime e disse que em nenhum momento o chamou de “preto” ou de macaco”. Ela disse ainda que em razão da profissão sabe “lidar com todo tipo de gente” e que tem amigos negros. 
     
    Mesmo com a acusada negando as ofensas, a delegada levou o boletim de ocorrências e os relatos de testemunhas e da própria vítima em consideração para decretar a prisão em flagrante. 
     
    Juliana pagou a fiança fixada em R$ 2 mil para responder o processo em liberdade, mas, ainda sim, pode pegar até três anos de prisão pelo crime caso seja condenada. 

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