Assassinato de enfermeira grávida gera mistério e comoção no Espírito Santo
Polícia investiga circunstâncias enigmáticas da morte de Íris Rocha, encontrada em Alfredo Chaves
Por Plox
17/01/2024 11h16 - Atualizado há cerca de 1 ano
O município de Alfredo Chaves, no Espírito Santo, tornou-se o epicentro de um mistério que abalou a comunidade local: a morte de Íris Rocha, enfermeira grávida de 8 meses. O corpo de Íris, de 30 anos, foi descoberto na zona rural da cidade, apresentando ferimentos de bala, na quinta-feira, 11 de janeiro. O reconhecimento por parte da família ocorreu apenas na segunda-feira seguinte, dia 15.
As investigações, conduzidas pela Polícia Civil do Espírito Santo, ainda não elucidaram as causas e os responsáveis pelo crime. Até o momento, não há prisões relacionadas ao caso. A perícia revelou que Íris foi vítima de disparos de arma de fogo, com cinco cápsulas encontradas no local do crime. Importante destacar que a polícia descartou a participação de membros da Polícia Militar do estado no incidente

Íris, que residia em Jacaraípe, região Serrana do Espírito Santo, tinha uma vida dedicada à saúde e ao estudo. Além de trabalhar no Hospital das Clínicas, ela estava cursando um mestrado na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A universidade e o Conselho Regional de Enfermagem expressaram condolências à família da vítima, que deixa um filho de 8 anos e a filha que esperava, Rebeca, prevista para nascer em fevereiro.
A dor e o apelo por justiça foram expressos pela mãe de Íris, Márcia Rocha, em uma entrevista emocionante à TV Gazeta. "Ninguém sabe essa dor que eu estou sentindo. É uma dor imensa, insuportável, parece que eu não estou aqui. Quem tiver informações, por favor, ajude, conte para a polícia quem fez isso. Não quero que minha filha vire só estatística. Quero justiça", desabafou Márcia.
Ela relatou também o momento angustiante de descobrir o destino trágico da filha, descrevendo como a polícia a informou sobre a descoberta do corpo, inicialmente identificado apenas por um cartão com o nome de Íris. "Podia ser qualquer Íris. E aí chegou até a mim. Ele foi falando das características e foi acontecendo as coincidências. E aí no final a gente percebeu que era a Íris, minha filha querida, amada", relembrou a mãe.
O velório de Íris ocorreu na terça-feira, 16 de janeiro, marcando um momento de luto e reflexão para a comunidade local e para o setor de saúde do Espírito Santo. O caso segue sob investigação.