Homem é preso por feminicídio em Contagem após matar namorada a facadas
Polícia Civil de Minas Gerais revela perfil possessivo do suspeito e prisão surpresa ao se apresentar na delegacia
Por Plox
17/01/2024 15h52 - Atualizado há cerca de 1 ano
Em um caso alarmante de violência doméstica, um homem de 22 anos é o principal suspeito do feminicídio de Emilly Fernandes, de 18 anos, ocorrido no bairro Chácaras Reunidas Santa Terezinha, em Contagem, na Grande Belo Horizonte. A vítima, brutalmente assassinada com várias facadas, foi encontrada morta dentro de seu apartamento na madrugada de quarta-feira (10), conforme informou a Polícia Civil em coletiva nesta quarta-feira (17).

Prisão Inesperada na Delegacia de Homicídios O suspeito, cujo nome não foi revelado, foi detido na tarde de terça-feira (16) ao comparecer à Delegacia de Homicídios de Contagem para prestar esclarecimentos sobre o crime. Segundo o delegado Ítalo Fernandes de Almeida, responsável pelo caso, o homem foi surpreendido com um mandado de prisão em aberto e optou pelo silêncio. "Como foi uma surpresa, ele preferiu ficar calado e não apresentou nenhuma versão para os fatos", explicou Almeida.
Agravantes e Consequências Legais Almeida destacou que Emilly sofria de violência doméstica e não buscou ajuda, possivelmente por não entender a gravidade da situação. Se condenado, o suspeito enfrentará uma pena de 12 a 30 anos de prisão, podendo ser aumentada devido à presença do filho de sete meses do casal no momento do crime.
Comportamento nas Redes Sociais e Histórico do Suspeito O delegado também comentou sobre o comportamento do suspeito nas redes sociais, onde se apresentava como "filho de traficante", embora essa informação não tenha sido confirmada. "Ele fazia postagens exaltando a criminalidade, mas ele não tem passagem policial", disse Almeida. O suspeito também foi descrito como alguém que evitava trabalhar, não contribuía com a criação do filho e usava drogas. Após o crime, ele postou: “Quem vacila, nós 'manda' pra vala”.
Família da Vítima Clama por Justiça Durante uma entrevista na delegacia, Lorrayne Gabriela Fernandes da Silva, irmã de Emilly, expressou sua dor e indignação. "É muito revoltante. Eu não esperava isso nunca. Meu coração chora. Eu grito por justiça pela Emilly e por todas as outras mulheres”, desabafou. Ela revelou que a família não tinha percebido o relacionamento abusivo, acreditando que o comportamento do suspeito fosse cuidadoso, mas na realidade era possessivo. Brenda Fernandes, outra irmã da vítima, lamentou a crueldade do assassinato e a falta de segurança que a família sente mesmo com o suspeito preso.