Sete Lagoas amplia rede de sismógrafos após série de tremores de terra

Medida visa melhor monitoramento sísmico na cidade, que registrou 26 abalos desde abril de 2022

Por Plox

17/01/2024 15h11 - Atualizado há cerca de 1 ano

Sete Lagoas, uma cidade localizada na região Central de Minas Gerais, anunciou a instalação de oito novos sismógrafos em resposta a uma série de tremores de terra ocorridos recentemente. A medida foi tomada após a cidade registrar 26 abalos sísmicos de baixa intensidade desde abril de 2022, uma frequência que o Executivo Municipal considera atípica.

Foto: Prefeitura de Sete Lagoas / Divulgação

A instalação dos novos equipamentos, que são fundamentais para o registro de tremores de terra, é fruto de uma parceria com o Centro Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), firmada nesta terça-feira (16 de janeiro). Os sismógrafos têm como objetivo aprimorar o monitoramento dos fenômenos sísmicos na região.

Durante a madrugada e manhã do dia 16 de janeiro, Sete Lagoas experimentou três tremores de terra, com magnitudes variando entre 2.2 e 2.6 na escala Richter, de acordo com medições realizadas pela Universidade de São Paulo (USP). Além disso, no domingo (14), a cidade já havia registrado outro tremor, de magnitude 2.3.

A prefeitura de Sete Lagoas, cidade com mais de 220 mil habitantes, explicou que a região é cárstica, caracterizada por um relevo que inclui cavernas, grutas, rios subterrâneos e paredões rochosos. Essas características geológicas podem resultar em tremores ocasionais, tanto de baixa quanto de alta intensidade.

Atualmente, Sete Lagoas já possui seis sismógrafos, instalados em agosto do ano passado, também em colaboração com o Centro de Sismologia da UnB. Esses aparelhos têm sido fundamentais para diferenciar entre atividades humanas, como explosões, e causas naturais, como os tremores.

Pesquisadores da UnB identificaram segmentos de falhas na região que são considerados ativos ou potencialmente ativos, o que auxilia na compreensão das causas desses tremores. No entanto, ainda não é possível prever se haverá uma intensificação dos abalos sísmicos. O Relatório Sismológico enfatiza a importância da preparação das autoridades e da população local para responder a possíveis tremores de maior magnitude no futuro, ressaltando a necessidade de garantir a segurança dos moradores.

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